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Textos_Religiosos-->Atualidade de Franz Jägerstätter, martirizado pelo nazismo -- 06/11/2007 - 11:21 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Atualidade do beato Franz Jägerstätter, martirizado pelo sistema nazista

Aponta o prefeito da Congregação para as Causas dos Santos

LINZ, segunda-feira, 5 de novembro de 2007

ZENIT.org

Pai de família martirizado aos 36 anos na época de Hitler, Franz Jägerstätter, por suas firmes convicções, representa um estímulo nos dias de hoje, caracterizados por manipulações de consciência, adverte o prefeito da Congregação vaticana para as Causas dos Santos.

O cardeal José Saraiva Martins presidiu, na catedral da Imaculada de Linz, na Áustria, em 26 de outubro passado, o rito de beatificação desse jovem camponês austríaco que se opôs ao nazismo.

Difundindo as palavras do purpurado, «Rádio Vaticano» afirmou que é precisamente o valor do beato Franz Jägerstätter que faz dele um exemplo para os cristãos de hoje.

Em um tempo como o nosso – segundo apontou o cardeal Saraiva –, no qual não faltam condicionamentos e inclusive manipulações das consciências e das inteligências, seu caminho é um desafio e um alento para viver com coerência e compromisso radical a fé até as últimas conseqüências, se for necessário.

Ele nasceu em 1907. Casado com Franziska e pai de três filhas, Franz Jägerstätter permaneceu fiel aos ensinamentos do Evangelho .

«Chamado às armas em 1943, em pleno conflito mundial, declarou que como cristão não podia servir à ideologia nazista e lutar em uma guerra injusta», e «todos sabiam – seus amigos e também seu pároco – para onde esta postura o levaria», explica na emissora pontifícia o postulador de sua causa, o advogado Andrea Ambrosi.

Ante as tentativas de quem queria convencê-lo de que não deveria arriscar sua vida, seu pároco, Josef Karobath, admitiu: «Ele sempre nos venceu citando as Escrituras».

O novo beato havia lido a encíclica «Mit Brenneder Sorge» («Com ardente preocupação»), de 1937, a mais dura crítica que a Santa Sé expressou com relação a um regime político.

Nela, Pio XII escreveu: «Nenhum poder coercitivo do Estado, nenhum ideal puramente terreno, por grande e nobre que seja, poderá substituir por muito tempo os estímulos tão profundos e decisivos que provêm da fé em Deus e em Jesus Cristo». Em conjunto, pode-se aprender de Franz Jägerstätter «que não se alienou pela vida, mas se ocupava das tarefas cotidianas normais»; «buscava com honestidade e seriedade pôr sua vida em ordem e vivê-la de uma forma determinada, segundo o Evangelho», sublinha seu postulador.

«Sua maior aspiração era testemunhar sua exclusiva pertença a Deus – acrescenta –, sendo capaz de dar a própria vida por esta indefectível fidelidade»: assim, «a aceitação do momento culminante «foi coerente com toda a sua vida»: foi-lhe pedido que a desse e ele o fez «com prazer».

Na prisão, o novo beato também orava. «Escrevo com as mãos atadas – lê-se em seu testamento, datado em julho de 1943 –, mas prefiro esta condição à minha vontade acorrentada. Não é a prisão, as algemas nem uma condenação que podem fazer alguém perder a fé ou privar-lhe da liberdade.»

O beato Franz Jägerstätter suscita grande interesse entre as causas de martírio geradas na época nacional-socialista, «porque era um leigo, um pai de família, verdadeiramente repleto de fé», que entendia que o regime político de então «levaria à destruição, especialmente da idéia de Cristo, da fé», constata Andrea Ambrosi.

«Por isso, ainda amando muito sua esposa, suas filhas, deixou tudo e com sua coerência, hoje nos dá um grande testemunho», conclui.

Ele foi guilhotinado em 9 de agosto de 1943, em Berlim.

No dia de seu martírio, havia dirigido uma carta à sua família; sua viúva ainda a conserva: «Queridíssima esposa e mãe: eu lhes agradeço de coração pelo que fizeram por mim na vida, pelo amor que me deram e pelos sacrifícios que ofereceram por mim (...)»; «não me foi possível livrá-las dos sofrimentos»; «rogarei ao bom Deus, quando chegar ao céu, que reserve um lugar para vocês».

Em 1º de junho passado, Bento XVI autorizou a publicação do decreto que reconheceu seu martírio, abrindo assim a porta para a sua beatificação.



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