O grito dos olhos secos e fixos
Vela os ouvidos finos feridos
Pela voz torpe, pelo torpor:
Algoz que foge
Enquanto forja
Sua mentira real.
Observa o ideal que se atira
No vácuo da iníqua existência...
Paciência.
E ainda nos exigem paciência...
Querem aragem,
Onde há coragem de uma
Tempestade.;
Vontade pouca,
Onde peitos explodem na ânsia louca da
Verdade.;
Querem o sempre cego sim,
Pois, assim,
Terão a submissão.
Mas não terão a mim,
Nem o meu fim
E muito menos a minha aceitação.
Onde querem o meu sim,
Dou-lhes o meu não.
© Anderson Christofoletti
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