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Poesias-->Luzes -- 21/03/2001 - 22:09 (Anderson Christofoletti) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


LUZES





“O que fere os meus olhos é a eternidade fugaz da vida

Este espelho não me reflete a mim,

Dita-me a outros

Em traços tortos,

Versos soltos...”



Teu fitar vago

(Esta expansão de teu silêncio)

Lança-te a horizontes latos,

A sonhos clandestinos aos fatos.



A luz tíbia que escorre pelas tuas paredes pintadas

Não lê os acidentes que compõem a vida.;

A harmonia dissonante que sabe de toda magia.



A intensidade opaca das evidências te apraz:

Luz cega que não te aquece,

Nem traspassa o teu paradigmático universo.



Mas , sobre as sombras do silêncio.

A claridade pungente das superfícies caiadas

Fere o segredo das palavras.

E o medo

Se acoita

No escuro de seu ninho,

Longe da luz do seu próprio destino.



Pálpebras que já não encerram tantos mistérios.

Olhos que não mais caminham sozinhos

Por desconhecidos caminhos,

Seguem, agora, o óbvio e todos os seus critérios.



São luzes:

Verdades

Que não se calam.









©Anderson Christofoletti





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