Madrugada Úmida em Curitiba
Rompo nua, lua, hífens
no romper da madrugada
sílaba solta engatada
no rompimento do hímen
ou qualquer elo sagrado.
Eu te digo que nem ligo
pro esquisito do arrepio
que escorrega na espinha
ao romper o andar na linha
ao romper o andar por nada
ao irromper na balada
na beira do meio fio.
Meu amigo é poeta
finge e mente, simplesmente,
um andar em linha reta.
Minha barriga geométrica
pede socorro à infância
não cabe na fita métrica
aprende a crer na instância
na prática da genética
de ser mãe, Minas `arriba`
em estrada escada, _SIGA_
Sobre meu filho, é o seguinte,
do verbo, serei substância
renascerei, Curitiba.
Elane Tomich
04 / 1982
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