Não faço arte nem parte
do nada, tento decifrar
certos códigos antigos
como se estilhaços de desastre
fossem,
da dor de tentar te amar
Decerto, bem perto
ao compartimento contíguo
ao quasar do meu coração
abafados, comprimidos
dormentes sentimentos
jazem em vermelho chão
Não faço arte nem parte
de nada que se afaste
ainda que sombra longa
de um um passado, arraste.
alquimista do acaso
fiz de lendas, fatos.
Não faço parte nem arte,
mas, sinceramenter parto
em curvas que sondam a morte
sei-o.No acaso há um corte
de onde me sangra a sorte.
Creio ter atingido
dessa saga de viver
da substância, o sentido
mentindo por ter vivido.
Elane Tomich
Mucuri, 01/02/ 2009
|