Eu venho de tempos remotos,
Onde o mar se fez estrelas
E cada estrela tornou-se rio.
Venho de caminhos escondidos,
Veredas circulantes,
entrecortando sonhos,
rebuscando verdades
Alma em céu aberto.
Venho de luz e de sol,
Noite e luar.
Venho de campos verdejantes,
De cada relva brotante.
Venho de cada bicho, de cada flor,
Da ânsia de viver,
de ser e de querer.
Venho em plena solidão,
Cercada por uma multidão
que me vê e me ignora.
E venho só, lutando.
Eu venho! |