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Erotico-->Caminhadas vespertinas -- 09/01/2002 - 22:47 (Tales di Ângelis) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Caminhadas vespertinas


Novamente surgiu-me a cólera que, ainda outro dia, assolara-me. Estava eu caminhando em um parque quando deparei-me com uma jovem de extrema beleza, estonteante, que feria violentamente meu íntimo. Meu desejo era não mais lobrigar outro ser. Banhei-me com seu olhar que, a princípio, me ofuscara.
Não sei. Não compreendo tal sensação de vazio. Olhando aquele ser de proporções perfeitas, tal qual anjo ou qualquer outro elemental a gritar-me: “Observem, sou vossa salvação, além de mim, perfeição não há.”
Nestes momentos não sei que atitude tomar. A princípio desejaria contemplá-la por toda a existência, mas de nada adiantaria.; este vazio, esta dor dilacerante não extinguiria. Não há remédio.
Tomado irracionalmente deste furor que me dominava e menoscabava, atirei-me por sobre a bela jovem, rasgando-lhe as vestes, desnudando-lhe os púberes seios, enquanto olhava-me com seu feérico semblante. Mordiscava-lhe os lábios, num pavoroso e sôfrego ósculo, quando apercebi-me que a dor, ou antes, o vazio, não seria preenchido. Nem mesmo aquela perfeita criatura o faria. Ou melhor, aquela criatura era o manancial de meu súbito e tórrido tormento. Cessando tal manancial, cessaria, necessariamente, minha dor.
Lancei-a abruptamente ao solo. Seu semblante, imperturbável e impenetrável, sempre a me fitar. Tomei de uma rocha próxima a nós e lancei-a impetuosamente ao crânio da jovem. Não mais existia a perfeição. Não mais habitava-me o vazio.

Prossegui minha caminhada pelo parque, observando a vegetação, as vetustas árvores, os caminhantes e observava com que intensidade o Sol lançava seus braços luminosos à terra. Caminhava por uma senda arborizada, quando senti-me vigiado. Olhando para trás pude observar que três jovens rapazes seguiam-me. Caminhavam a passos largos em minha direção. Apertaram ainda mais suas passadas, passando à minha frente e bloqueando meu caminho.
Pude ver que eram mesmo muito jovens, além de muito parecidos fisicamente.; deduzi que eram irmãos. Enquanto perdia-me em minhas análises, um dos irmãos pegou-me pelos ombros, empurrando-me para trás. Somente parou quando, violentamente, minhas costas bateram a uma árvore. Baixou suas calças e obrigou-me a satisfazê-lo, dizendo em seguida que também o fizesse a seus irmãos. Mas os outros dois não tiveram paciência. Engasgava repetidas vezes com os três membros, rijos, em minha boca. A cada engasgo, um golpe era desferido ao meu rosto. Saciado o apetite sexual dos irmãos, partiram sobre mim, descarregando todo seu ódio e furor em socos e pontapés.
Abandonaram-me à minha própria sorte, inerte, alquebrado e feliz.




Tales di Ângelis


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