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Contos-->É BENDITO OU É MALDITO? -- 15/11/2008 - 19:49 (Ilário Iéteka) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Dinheiro e mais dinheiro, é o que todos querem. Não pensam na perda da nossa liberdade. Talvez acabe a convivência pacífica e nós nos tornaremos soberbos, arrogantes. Não pediremos favor, mandaremos e exigiremos dos nossos semelhantes.

Com o dinheiro pensamos que compramos tudo e a todos. O dinheiro nos corrompe, modifica até o nosso comportamento, seremos diferentes e mesquinhos. O mundo gira em torno deste papel, seja dólar, euro, libra, real, qualquer outra cédula ou moeda que tenha valor monetário. Provoca a ganância e sempre queremos mais, não contentamos com pouco, o que ganhamos não nos satisfaz.

O suficiente para uma vida em tranqüilidade parece que é pouco, queremos tirar até daqueles que não tem nada, estaremos na espreita para dar o bote nos menos afortunados. Pelo dinheiro, matamos, roubamos, enganamos, tapeamos, mentimos e aprontamos igual ao diabo.

Há quem diga que ele será a desgraça dos seres humanos. Onde há dinheiro haverá brigas, desordens, desconfianças, filhos matam pais, maridos matam esposas e vice-versa, irmãos matam irmãos, muitos morrem por pouco. Na verdade não é o dinheiro realmente o culpado. Ele é útil, nos dá o motivo de trabalho, há muitos pontos bons. Nós é que somos o motivo de tornar o dinheiro maldito, somos gananciosos, não precisamos de muito para sermos felizes. Queremos aparecer, estar na mídia, ter duas ou três mansões, carrões de luxo, iates, fazendas, apartamentos, ações das melhores empresas. E não adianta porque não vamos conseguir usar e desfrutar de tanto em tão pouco tempo, muitos sabem o que possuem, enquanto outros nem teto para morar.Uns comem caviar, enquanto milhares passam fome. A diferença social é justa?

Os burgueses continuam em busca de mais, acumulando ao máximo e dizem que não são ricos, andam negando, como se fossem pobres. Tornam-se cegos e querem mais e mais. Não param enquanto não chegarem ao topo. Topo das nuvens?? Um objetivo egocêntrico para todos ou maioria. Ao subirmos esse tal cume, esquecemos-nos de olhar para baixo e com certeza um dia iremos descer.

Sempre há alguém pelo futuro que nos tirará o trono, não teremos mais força para subjugarmos ninguém. Por estarmos velhos ou fracos, seremos destronados com facilidade. O dinheiro que tínhamos será passando para outras mãos. Com mais audácia e esperteza, poderíamos até equilibrar-nos por algum tempo. Se nos tornarmos pessoas amargas, os anos nos condenarão, a descida e a bancarrota serão fáceis e fatais. Seremos empurrados, derrubados, machucados, voltaremos de onde iniciamos com muito pouco ou nada. Ao olharmos para os lados onde estão nossos amigos? Nem os filhos nos esperarão, voltaremos ao passado, lembrando da casinha aconchegante, junto da esposa com os filhos.

Pensaremos:
_ Todos que amei poderiam estar ao meu lado, mas o dinheiro modificou tudo. Fiquei poderoso, tinha muitos amigos, mulheres lindas, pensava que podia tudo, fui um miserável e sovina para todos que eram humildes e verdadeiros. Com quem pescávamos nos rios e lagoas de nosso sítio, quando reuníamos, contavam piadas e gargalhávamos horas a fio, isto era felicidade. Hoje me encontro triste e cansado, não confio em mais ninguém, aqueles que diziam serem meus “amigos”, sumiram. Quando somos jovens tudo parece fácil, nada os impede, temos a impressão que a vida não terá fim. Eu desejo, mando buscar, se gosto, compro, assim fui em frente, achei que tinha comprado tudo, estava enganado. Cinqüenta anos se passaram, a vida ensinou, tornou-me experiente em alguns temas de destino. Deparei-me com alguns itens que são essenciais para a felicidade em que o dinheiro não compra amigo fiel, paz, amor verdadeiro, salvação e a vida perante a morte. Com o dinheiro fiz grandes festas, ri muito, também chorei, perdi e ganhei, fui covarde, menosprezei os fracos, passei por cima de todos, continuo egoísta e orgulhoso, o desprezo não me comove, Aos entes que me amavam, já sei que não estão ao meu lado, debandaram-se de minha companhia, refugiaram-se em busca da tranqüilidade.

Quem tem muito dinheiro pensa que a última palavra é sua. Há Deus no céu, mas um deus chamado dinheiro na terra. Tornando-se quando mal empregado aliado ao mal da solidariedade e contra a fraternidade, então podemos chamá-lo maldito como o diabo em nossos bolsos.

O dinheiro é capaz de construir um novo mundo, mas o homem com a índole perversa e sendo dono desde capital, poderia destruir o nosso hoje e acabar com o amanhã. Já não sei se ele é bendito ou maldito, depende de fatores humanos. A probabilidade maior é que vamos perder tudo e partiremos sem levar nada, para um lugar apertado, escuro e fúnebre. Lá será a nossa morada eterna e o dinheiro continuará a dar suas ordens para os viventes, e no final quem dirá as últimas palavras como sempre será a lei da vida, porque realmente existem duas verdades: nascemos e a outra morremos.


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