Em Nova Iorque, aos 49 anos de idade, morre de câncer o vocalista dos Ramones
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Por Michael Pilz (DIE WELT online, 17/04/2001)
Trad.: zé pedro antunes (18/04/2001)
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O professor de música nos alertara em relação a esses caras. Foi no outono de 1976, quando, por um motivo da maior atualidade, o mestre sacrificou uma aula sobre a forma da frase principal da sonata para tratar do ROCK PUNK.
Assim, precocemente, ficamos sabendo do hino "Britzkrieg Bop" dos Ramones.
O professor falou em falta de cultura, em brincadeira com signos nazistas, em nihilismo ingênuo, barulho e ódio.
Mas, na época, pensando na produção artística de bandas como Pink Floyd e Gênesis, e no dedo indicador em riste do engajado mestre, achamos o PUNKL ROCK excepcionalmente interessante.
O fato é que tinha menos a ver com moda ou arte, como era o caso dos Sex Pistols. Era ROCK N ROLL.
Quatro irmãos repartem entre si guitarra, baixo e bateria, e um deles teria de ser o vocalista.
Dois ou três acordes bastavam para executar uma música de dois minutos de duração e, com ela, colocar o meio-ambiente em polvorosa.
"One-two-three-four, gabba gabba hey!" Assim começavam, normalmente, as músicas dos RAMONES.
JOEY RAMONE, o vocalista, colocava o pé sobre a sua caixa, e urrava ao microfone textos razoavelmente variados. "Hei Ho Let s Go", "Rock n Roll High School" ou "Sheena Is A Punk Rocker".
Temas políticos, como em "Bonzo Goes To Bitburg" apareciam marginalmente, mas com regularidade.
Naturais de Forest Hills, Nova Iorque, é claro que os Ramones não eram irmãos na vida real.
JOEY, o cantor, veio ao mundo como JEFFREY HYMAN, bem antes, é claro, de ter-se transformado em ícone de madeixas e óculos escuros.
De repente, eis que surgem os RAMONES na internet, com a notícia: "No domingo de Páscoa, em Nova Iorque, morreu de câncer, aos 49 anos de idade, o cantor JOEY RAMONE."
É bem provável também que, desde domingo, o PUNK ROCK esteja morto.
[Confira também: "+ Joey Ramone", traduzido da revista SPIEGEL online de 16/04/2001. Na página há uma foto do vocalista: http://www.spiegel.de/kultur/musik/0,1518,128494,00.html |
