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Poesias-->Bebo o Vazio -- 22/09/2009 - 19:49 (Alexandre Pereira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
BEBO O VAZIO





Bebo o vazio

E a noite ofusca os meus olhos

O tempo aliena minha angústia (quando penso)

E a visão da mulher adia e perturba a minha miséria



Bebo a cerveja gelada

Para tintilar meus dentes, mergulhar minha língua

Sentir teclas de piano

E o sonho que substituí a velha fantasia



O sonho coletivo

Esta juventude, em pequenos grupos, com potencial de intimidade

Um casal vivo, a mulher elegante, inteligente e sexualmente ativa

Uma janela indiscreta com uma garota a provar encantos



Bebo...

E a cada gole que bate no estômago e dissolvido pelo ácido

Vem a ser mais uma nota musical do poeta, do choro, do verso

(Ainda posso cantar e reviver, enganar-me e tocar a vida)



Ora a noite, ora o papel, ora a minha história e o inferninho dela

Ora aquele tempo de carrossel onde os amigos, afetivamente, se emocionavam em voltas

Onde eu era feliz e sabia...sabia...sabia



Pensando bem: hoje, de nada vale saber

Decerto porque a felicidade é um estado que não requer consciência

Mas aqui não vale sentimentos abstratos senão, a noite



A noite que religa poetas conhecidos, vivos e não conhecidos

A noite que religa momentos: passado, onírico, reais, imagináveis, longiquo e hoje

A noite que oferece ao mendigo o tempo não-escravo e a não-razão



Este céu, que hoje bebo, não há estrelas senão, uma

A estrela sozinha que espera e me apoia

No mundo escolhido: da fábrica, do monstro citadino



Das virtudes dos poetas trago: a luta escolhida em minha vida

Luta diarista, explorada, sem perspectiva ... conquistada no dia-a-dia

Luta do dia que não traduz poesia. Cria sem ver, que dá a noite o liquor da vanguardia.







(EMRIQI)
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