Vejo pela janela entreaberta
no vão da greta
na claridade do quarto
uma linda mulher
Não consigo ver tudo o que fazes
porém minha alma de artista pensa
e como pensa
a imagina despida
nua de pudores se tocando
Dedos que deslizam pelas rendas da colcha
pelo cetim dos lençóis
pelo púbis umedecido
arrepiando-te
Imagino pelo flash
dos meus olhos câmara
que estás a se contorcer sobre a cama
Sigo teus movimentos
imagino-a gemendo
me querendo
lambendo os meus dedos
enquanto invado o seu quarto
porque agora estou imaginado
eu nu te ciriricando