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Contos-->QUERIDA PROFESSORA -- 27/11/2008 - 11:11 (MARIA AICO WATANABE) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
QUERIDA PROFESSORA


Maria Aico Watanabe


Renata, 38 anos, casada, é engenheira e professora de gestão ambiental numa faculdade de Guarulhos e mora na Vila Madalena.
Isaac, 43 anos, dentista, é o marido de Renata.
O casal tem dois filhos: O Alex que está com 17 anos e Melissa, com 14.
Isaac é um marido tipicamente machista, que não admite que a mulher tome a iniciativa sexual:
- Querido, vamos transar ?
- O quê ?! Onde já se viu mulher tomar a iniciativa ? Por acaso você é ninfômana ?!
As relações sexuais entre eles só ocorriam quando Isaac queria e nunca o contrário. Além disso, Isaac deixava Renata em jejum sexual por várias semanas. Renata vive sexualmente insatisfeita pelo jejum a que Isaac a obrigava e frustrada de nunca ter seus desejos sexuais atendidos pelo marido.
No curso de gestão ambiental, Renata dá a sua primeira aula, sobre a destruição da Mata Atlântica. Queria começar o curso com uma aula que conquistasse a simpatia dos alunos:
- Quando o Brasil foi descoberto, a Mata Atlântica cobria quase todo o litoral brasileiro. Começando com os portugueses, a Mata Atlântica foi sendo destruída, destruída ...
- Que predadores mais sacanas, esses portugueses, afirma Jorge, um dos alunos que está prestando muita atenção na aula.
- A ganância dos portugueses e de outros que se seguiram acabaram com a Mata Atlântica. Agora restam menos de 10% da Mata original.
- E há garantias de haverá a conservação do restou, professora ? Pergunta a aluna Mônica.

- Ninguém sabe qual o futuro da Mata Atlântica, Mônica. O que devemos é conscientizar a população para que defenda o que restou contra a ação de predadores, como diz o seu colega Jorge.
- Vocês vão escrever um trabalho sobre a ecologia da Mata Atlântica. Na biblioteca tem bons livros sobre a Mata Atlântica.
- Para quando é o trabalho, professora ? Pergunta Jorge.
- Para daqui a duas semanas, está bom para vocês ?
- Combinado, professora, respondem os alunos.
- Façam um bom trabalho, pois vai valer nota.
No final da aula, Jorge passa na biblioteca para começar a coletar informações para o trabalho. Consulta livros por mais de duas horas.
Antes de ir embora, Jorge passa na sala dos professores, para ver se ainda encontrava Renata, pois queria tirar algumas dúvidas. De fato, Renata ainda estava lá;
- Professora, posso lhe fazer algumas perguntas ?
- Claro. É sobre o trabalho ?
- Qual a época de florescimento das árvores da Mata Atlântica ?
- Depende da espécie, Jorge. Mas a maioria das árvores da Mata Atlântica florescem na primavera.
- Adorei a sua aula, professora. Vou fazer um bom trabalho, a senhora vai gostar.
- Dito e prometido, Jorge. Vamos esperar pelo seu trabalho.
Já eram quase sete horas da noite e a esta altura é difícil tomar ônibus para voltar para casa, por causa da hora do rush.
- Onde a senhora mora ?
- Na Vila Madalena, e você ?
- No Tatuapé, numa república, com mais três amigos. Para ir a Vila Madalena, a senhora passa pelo Tatuapé ?
- Claro. Quer uma carona ?
- Caiu do céu, professora. Vou com a senhora.
Jorge começa a ter admiração pela professora.




A aula da semana seguinte é sobre a poluição dos rios causados pelas indústrias e esgoto doméstico.
- O Rio Tietê por exemplo, já foi bem mais limpo. Tinha até peixes e as pessoas podiam nadar nele tranquilamente.
- Que diferença com o Tietê que temos hoje, comenta o aluno Reginaldo.
- Pois quem estragou o Tietê e os outros rios de São Paulo foram as indústrias e o esgoto doméstico. Enquanto a cidade era pequena, não havia muito esgoto sendo despejado nos rios. A cidade foi crescendo, crescendo assim como o volume de esgoto despejado nos rios.
- E as indústrias, professora ? Pergunta Iracema, outra aluna.
- A mesma coisa: no começo haviam poucas indústrias em São Paulo. Mas, o parque industrial da cidade foi se expandindo e assim o volume de poluentes industriais despejados nos rios.
- Por que os poluentes e o esgoto TEM que ser despejados nos rios ? Não tem como tratar esse lixo todo ? Pergunta Jorge.
- Claro que tem, Jorge. É só uma questão de consciência ecológica da população e o governo construir mais estações de tratamento.
- Outra vez a ecologia. Como ela é importante em nossas vidas, professora, afirma Jorge. Quero me especializar em ecologia quando me formar. É tão bonita !
- Se você estudar bastante, poderá se tornar um bom ecologista.
Terminada a aula, Jorge procura Renata para lhe pedir carona de novo.
- A senhora me dá carona de novo ?
- Claro, Jorge. Vá indo até o estacionamento, que só vou passar na sala dos professores para guardar meus livros.
Ao chegar ao Tatuapé, chega a hora de Jorge saltar. A admiração pela professora está se transformando em amizade. Ao se despedir da professora, ele pergunta timidamente:
- Posso lhe dar um beijo no rosto, professora ?
- Claro, Jorge. Até a próxima semana. Não se esqueça de me trazer o trabalho sobre a Mata Atlântica.
Na terceira semana, é a apresentação dos trabalhos sobre a Mata Atlântica pelos alunos. Sem surpresa, Jorge escreveu e apresentou o melhor trabalho da classe e tirou a melhor nota.
Novamente, no final da aula, Jorge pede carona para Renata. Vai nascendo timidamente, uma atração sexual entre eles.
A princípio, Jorge resiste. Não é possível, Renata tem quase a idade da mãe dele, que está com 40 anos. Desta vez Jorge dispensa o “senhora” para tratar sua professora, passando a tratá-la de “você” mesmo.
Renata também percebe que está sexualmente atraída pelo seu aplicado aluno. Mas resiste também. Afinal, Jorge que está com 22 anos, é quase um filho, pela idade que o Alex já tem.
- Tem certeza de que não está procurando colinho de mamãe ?
- Te desejo como mulher mesmo. Por acaso, você é minha professora.
- Você é ainda solteiro, é livre para se relacionar com quem quiser. Mas, já sou mulher casada ...
- Isso não tem importância. Te amo do mesmo jeito. Conte-me um pouco sobre o seu marido.
- Ele é dentista e um machista irritante. Ele não me deixa tomar a iniciativa sexual. Me chama de ninfômana quando lhe peço para transar.
- Não tenho esses grilos, Renata. Para mim, mulher pode tomar a iniciativa, por que não ? Nem por isso ela deixa de ser feminina.
Na quarta semana Renata leva os alunos para uma atividade de campo – coletar amostras de água poluída do Rio Tietê. As amostras são levadas ao laboratório da faculdade para serem analisadas. Ao chegar ao laboratório, Renata se inclina para colocar a caixa com as amostras de água no chão. Jorge vê os seios arredondados de Renata pelo decote da blusa. Fica excitado. Era desejo sexual mesmo pela professora.



No caminho de volta, antes de chegar ao Tatuapé, o carro de Renata vai se aproximando de um motel. Jorge lança o convite sexual:
- Se você me permite, gostaria de te convidar para entrarmos no motel. Que tal ?
- Estou um pouco indecisa, mas vou aceitar o seu convite.
Tomam banho rapidamente e vão diretamente despidos para a cama redonda.
Jorge amassa os seios grandes e macios de Renata. Chupa os mamilos gulosamente.
- Isso te lembra os tempos de mamãe ?
- Que é isso, Renata ? Estou chupando são os seios de minha fêmea mesmo.
- Vai me comer sem grilos mesmo, Jorge ?
- Tranqüilo. Nunca desejei tanto comer uma mulher.
Lambe o clitóris de Renata que solta gritinhos de prazer, conseguindo se soltar das últimas inibições que ainda lhe restavam.
Jorge possui Renata voluptuosa e apaixonadamente. Jorge lhe proporcionou uma comida apetitosa, que não tinha em casa. Jorge era mesmo um homem “bom de pinto”. Seu marido além de machista era um egoísta sexual, que só pensava na satisfação de seus próprios instintos sexuais, e nunca se importou em oferecer sexo apaixonado a Renata. Por isso, Renata não se conformou e partiu para a guerra.
Renata chega tarde em casa. Isaac a esperava impacientemente:
- Onde você esteve ? Por que demorou tanto ? Fez a cobrança clássica dos cornos que ainda não sabem que assim viraram.
- Tive uma reunião com os representantes das indústrias que estão poluindo os rios.
O curso de Renata durou mais quatro semanas, com aulas sobre poluição do ar, poluição sonora, problema ambiental dos lixões, visita à Cetesb com os alunos. Renata dormiu com Jorge no mesmo motel todas essas quatro semanas. Para cada vez que pulou a cerca, Renata achou uma explicação para dar ao marido: Reunião com ativistas ambientais que querem o fim dos lixões; ir a uma universidade conversar com outros professores; preparar aulas e corrigir provas; debate sobre a conservação da Mata Atlântica.
Eram todas explicações pertinentes às suas atividades profissionais e portanto foram convincentes. O corno não desconfiou de nada, felizmente. Há profissões e profissões. Algumas facilitam muito na hora de arrumar desculpas e explicações quando se está pulando a cerca. Renata foi abençoada pela sorte, de ter uma profissão que se tivesse que pular a cerca poderia encontrar facilmente desculpas e explicações no que foi ajudada é claro pela sua imaginação fértil e maliciosa , que a levou a não se conformar com o que tinha em casa.
Os maridos sexualmente egoístas e frescos que se cuidem.


Jaguariúna, 25 de setembro de 2008.







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