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Contos-->NAQUELE TEMPO -- 06/04/2001 - 15:43 (Fernando Antônio Barbosa Zocca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O jovenzinho caminhou lentamente pelas ruas ao anoitecer. Saiu de sua casa em direção ao local onde encontraria um velhote já no final de um ciclo. Pensava que ao lhe dar os ouvidos para que pudesse rememorar sua vida passada, estaria fazendo uma caridade. Hoje em dia os mocinhos diriam:
- Tá pensando que minha orelha é pinico é?
Mas naquele tempo, o moçoilo cheio de boas intenções e ciente de que aquele trenzinho já apitava no final da curva, achava que deveria dar um tempinho da sua vidinha para amenizar o sofrimento do velhote relegado a uma cama pelos próprios parentes.
Ah! O brasileiro é mesmo muito cordial.
Bem, papo ia, papo vinha até que chegou o dia do desenlace. Foi uma choradeira. Um velório triste.
As más línguas, os invejosos do plantão já traçavam sua estratégia e para quando o bom menino chegasse diriam:
- Pronto. Lá vem aquele chato. Onde ele chega tudo termina!
Era a desculpa que impotentes e fracassados teriam para justificar seus insucessos. Nas costas daquele bodezinho expiatório, que nunca se defendia, se jogariam todas as culpas. E tudo estaria bom novamente.
O ciúmes que despertava quando mexia com as emoções das ninfetinhas, era demolidor. Os machos suplantados corroídos pelo ódio tramavam e maquinavam ardís.
E pancada ia. E pancada vinha.
Até o dia em que sobranceiramente saturado de comer bengalas e bifes à milanesa, o moçoilinho desentendeu-se com sua vidinha. Pediu para que parassem o mundão velho, que ele queria descer.
Mas ninguém o ouviu.
Ele então se entregou aos braços de Morfeu. Dormiu bastante, até não mais poder. Mas havia chegado a hora de acordar. Era preciso. O tempo passava celere.
E havia cada pitéuzinho da geração Xuxa ... que seria desperdício inominável entregar-se à depressão novamente.
E saindo à luta foi o vovô à caça das chapeuzinhos vermelhos.
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