Amo a ti que não me escondes segredo,
Que me revelas verdadeira e pura,
A alma a romper a dor.
Amo a ti, na tarde que te acompanha,
A vibrar nos teus mais altos ramos
O canto que, em ti, se encontra.
Amo a ti que ama o cortante,
Aquele que te remove a seiva,
A revolver o teu leito,
A arrancar a relva que te acompanha.
Amo a ti como se ama o tudo,
Como se aguarda o nada,
Estendida por entre as tuas folhagens,
A esperar-te no reencontro
entre o tu e o eu,
no ventre da terra mãe. |