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Poesias-->HI-SOÇAITE -- 17/11/2009 - 18:30 (Divina de Jesus Scarpim) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O batom era rosa-forte,

quando a boca se movia,

o batom falava.

Tanto de nada dizia!



A sombra era azul-bem-clara,

quando os olhos se moviam

a sombra enxergava.

Era tanto de nada que via!



O pó marrom-clacê

cobria da pele as falhas,

quando o rosto se mexia,

o pó-compacto expressava.

Expressão tão plástica ficava!



&
8195;

E havia o perfume,

“Gloriosa composição

com notas de chipre

mais essências florais

e um leve toque amadeirado”

quando o corpo deslizava

pelos salões elegantes

o perfume deixava ver

a sombra de nada

a esvair-se no ar



Roupa de grife,

“Alta costura Prêt-à-Porter,

O vestido que rebola sozinho”

O que está dentro

Quem quer ver?



O sapato de marca,

“Scarpin legítimo italiano”

O pé que quase não andava

quando pisava as almas humildes

só “vestia” do melhor



A bolsa louis vuitton

Comprada em Paris

Champs Elisée...

Igualzinha as imitações!

Carregava a chave

Do apartamento vazio



Nas fotos da revista Caras

Nas colunas sociais

Lá estava o nome sem pessoa

O adjetivo sem o sujeito

As marcas, as grifes,

os nomes famosos

os vazios que se uniam

para definir ninguém



E agora no obituário

Um quadrado negro entre vários

Traz nomes, mentiras

e definições de genealogia

o fim do conjunto batom

sombra, pó, perfume, grife

que pelas colunas fluía



Todos juntos esculpiam

o nada ambulante...

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