No início a pregação da fé era feita de boca para orelha. Jesus Cristo transmitia oralmente, e seus apóstolos também, e só mais tarde foi fixada pela escrita nos Evangelhos. Quando os bispos passaram a suceder os apóstolos, é que apareceu a autoridade que tinha o discernimento legítimo das tradições, foi feita uma teologia das duas fontes de revelação e quando a Igreja passou a ser mais e mais institucional, a autoridade da tradição se revestiu de um caráter rígido.
Após as Cruzadas, a igreja se encontrava enfraquecida, visando centralizar o poder e acumular riquezas promoveu-se assim a necessidade de organizar suas leis e dogmas que são a base da religião; procurando assim se fortalecer cada vez mais. Foi um período de grandes mudanças em todo o mundo, as grandes navegações que providenciaram a descoberta de novas terras, a mudança de sistema, entre outros fatores impunham à Igreja uma mudança que também se adequasse a nova realidade que estava surgindo, pressionadas as autoridades clericais decidiram fazer uma reforma que ficou conhecida por Concílio de Trento.
Em 8 de abril de 1546, no Concílio de Trento, Martinho Lutero, apresentou a Reforma à Igreja, que fez uma defesa transigente e tradicionalista. Alguns dos principais contestamentos de Lutero foram:
O fiel deveria fazer a leitura solitária da bíblia.
Era extremamente contra à realização dos sacramentos.
Era contra a lei do pecado original
Defendia que os reis tinham poder divino, e dispensavam a autoridade do Papa.
Toda a tese de Lutero foi contestada, e repreendida com total transigência, o que resultou na sua excomulgação, e no surgimento de uma nova religião.
A Igreja por sua vez apresentou posteriormente uma Contra-Reforma que entre muitas leis estabelecidas estão: a divisão das ordens, a criação e construção de Seminários, e a criação da Companhia de Jesus.
A Companhia de Jesus levada às colônias dos países navegadores, se espalhou e firmou em todo o mundo nos séc. XVI e XVII. Nas missões jesuíticas do Brasil a iniciativa de fazer da pregação oral o instrumento privilegiado de divulgação da palavra Divina, pressupunha que a lei da Graça Inata iluminasse a mente os gentios, tornando-os predispostos à conversão.
Com a vinda dos jesuítas ao Brasil começa um longo período de desbravamento na terra virgem. A catequese como propagação da fé e como salvação e ensinamento, tinha por objetivo obscuro a conquista de novo território, de riquezas e a firmação da Igreja nesse novo mundo que nascia. Apesar disso, foi assim que começou a educação no Brasil, com os jesuítas transferindo oralmente seus ensinamentos religiosos ao gentio.