Usina de Letras
Usina de Letras
150 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62219 )

Cartas ( 21334)

Contos (13263)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10363)

Erótico (13569)

Frases (50615)

Humor (20031)

Infantil (5431)

Infanto Juvenil (4767)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140800)

Redação (3305)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6189)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->Peleja de Neguinho Romão e Seu Dotô -- 08/03/2002 - 15:15 (Luiz Gustavo Parreiras de Morais) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Seu dotô afie o verbo
Pois sou caboclo malandro
Sei do certo e do incerto
Se prepare que tô chegando

O seu moço fique sabendo
Nesta praia só eu que mando
Conheço esta vida vivendo
Cê num sabe com quem tá falando

Nesta rima eu sou cruel
Vou acabar com seu reinado
Você vai parar lá no céu
Depois do meu proseado

Creio que o moço se engana
Se eu for pro céu sou coroado
Lá vou fazer é fama
Com minha prosa e verso rimado

Não se iluda com isso seu cabra
Coloque esse pé no chão
Sua fala na boca só trava
Num sabe junta um refrão

O forasteiro já me encheu
Vai levar uma pisa daquela
Vou tomar tudo que é seu
Cê vai embora com o rabo entre as perna

Eita já deixei o dotô enervado
Agora num junta nem o i com o u
Vou te deixar é calado
Te comê como urubu

Seu cantar é malcriado
Me chamando de carniça
Antes isso do que urubu malhado
Que na caça não se arrisca

Seu dotô vim de tão longe
Pra encontra uma boa luta
Acho que encontrei foi um monge
Que num fala e só escuta

Chico sombra feche as porta
Nesse bar ninguém entra nem sai
Meu rapaz sua fala tá morta
Vou te dar uma surra de pai


Agora a ofensa foi grande
Este rosto nunca apanhô
Cê num serve nem pra pisante
Que dirá pai ou avô

Meu amigo você é novo
Inda tem muito que aprendê
Tá vendo todo esse povo
Vem aqui só pra me vê

Essa gente que veio te vê
Vão saí tudo chocado
Vou acaba com vois me cê
Vou te deixar todo enrolado

Meu rapaz cê num sabe enrolá
Nem cigarro de paia
É melhor cê se calá
Antes que receba vaia

Já cansei desta prosa de um só
Aqui num tem macho não
Esse dotô parece um cipó
Véio e caído no chão

Já que o sinhõ tá querendo
Nem precisa contar a trinta
Vou deixar vois me cê é gemendo
Com uma baita surra de cinta

Essa comversa é só ameaça
Cê num passa de um cachorro no sio
Olhando se vê que é sem raça
É mais um cãozinho vadio

Vejam só esse cabra tá doido
Parece que num tem se olhado
Num é ouro de dezoito
E sim um pneu descascado

Essa prosa já me cansou
Tá chegando a minha hora
Vou embora seu dotô
Pode beijar a minha sola
Ranquei sua rima, Româo
Risquei sua cara no chão

Também já tou indo embora
Com fervor no coração
Sei que o povo me adora
E que carreguei você na mão
Engoli sua prosa negão
Que nem bala no canhão
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui