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Contos-->DIARIO DE BORDO VI -- 11/01/2009 - 12:20 (Mirian de Sales Oliveira da Rocha) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Bravo! Vimos F, N. a menos de uma milha; com o binóculo pude divisar as raras casas, a igrejinha, a mata cerrada e o grande pico que parece um falo gigantesco, encimado por um farol, Revoadas de peixes voadores pulavam á nossa frente, coloridos, brilhando com os raios do sol; corriam das gaivotas, na caça e elas sempre conseguem pegar alguns, Vale a pena assistir a dança dos golfinhos, num ecossistema quase virgem. O arquipélago é o paraíso dos ecologistas,dos mergulhadores,atraídos pela visibilidade de mais de cem metros de águas claras,durante todo o ano,
São 21 ilhas, cercadas de golfinhos brincalhões, que adoram se exibir e fizer piruetas, perto dos barcos; os turistas é que estão proibidos de nadar perto deles. Os cerca de 1600 moradores da ilha não foram afetados pela civilização;não têm TV e estão livres de aturar as baboseiras das novelas
e dos programas humorísticos que fazem chorar; assim como o meio ambiente, estão livres da contaminação visual e da poluição ambiental do chamado mundo civilizado. Soube que as acomodações na ilha são precárias,sem grandes hotéis ou pousadas sofisticadas;mas,naquele paraíso,quem liga para isso?
Francis e eu fomos correndo para a proa ver a ilha mais de perto; penduramos as pernas na grade da proa e ficamos olhando tudo, deslumbradas; para chegar até lá tivemos que atravessar todo o parque de containeres e subir uma escada rudimentar, igual á dos parques de diversão infantis; Cook, o cachorrinho de estimação de Francis, mascote do navio, nos acompanhava ,curioso. Eu estava no céu;fui apresentada á “Ball” do navio,também chamado de nariz,que fica 9m sob o mar e dá equilíbrio ao barco.O mar em F.N. é tão límpido que ,mesmo chovendo,pode-se ver a pureza da água´,com uma belíssima coloração lápis-lazuli..O navio apitou saudando a ilha;que foi ficando para trás,como um paraíso perdido,
Fui conhecer o resto do navio; desci para a barulhenta casa de máquinas, reino inequívoco do “chief engineer” que não gosta muito de visitas. O aspecto é de uma usina,com seus pistões gigantescos e painéis eletrônicos,mostrando tudo que se passa á bordo;fomos até as imensas câmaras frigoríficas onde são guardados os mantimentos divididos em três:carnes,legumes e bebidas. Descemos á sala de ginástica,interditada,desde que um comandante barbeiro bateu no navio em Las Palmas;há uma bicicleta ergométrica que eu gostaria de usar;

O tempo piorou; chove bastante e faz frio, Ainda devemos estar perto de terra, pois temos a companhia das gaivotas .. Resolvemos fazer uma salada de lagosta..René é democrático;sua comida é igual á de toda tripulação.
Agora estamos mesmo longe da terra; rumamos em direção a Cabo Verde e só domingo chegaremos á Tenerife e Las Palmas, Para cada canto que se olhe é só mar aberto.
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