Quem é que vai atirar a primeira pedra e depois cuidar do sangue que é nosso pra ver o que acontece; e se a dor é diferente. Eu só quero o azul do céu nos meus dias de paz; e quando a noite chegar; ver você ali a me esperar como se não tivesse acontecido nada; e tudo ficar bem; e quem é que disse que não existe paz quando a guerra acaba; apenas não temos mais com quem conversar.
E ficamos em silencio e as lágrimas são da cor da chuva que cai lá fora; e essa tristeza parece que não acaba mais. Acho que essa dor vai ficar forte; mas vou sobreviver quando pensar em você o meu coração vai se alegrar; e as imagens vão alimentar o que ficou aqui; e o que em você não existe mais.
E o que eu senti; eu já nem sei mais se era pra ser pra sempre ou se era só a minha solidão que me atirava cegamente na sua direção; mas porquê então ainda doe tanto assim. Quero saber de onde vem esse amor que não me deixa quieto; e eu demorei demais pra perceber que já não existia mais nada e que você já nem estava mais aqui; e que era só o teu corpo que teu espírito não levou.
E a gente já não conseguia mais conversar sem ter que brigar; e onde havia amor ficou vazio demais; e eu ainda pensava se conseguiria fazer você ficar por mais um dia; mas até o que eu pensava lhe trazia um desconforto; e com tanta impaciência você quis ir embora e me deixar aqui. Lutei e não é fácil lutar quando suas forças acabam; e isso enfraquece o espírito; que desanimado consola o coração; e faz desistir em insistir.