Ele tinha mãos enormes. Seus anéis eram pesados, sua responsabilidade também.
Só que não se sabe por que cargas d água seus dedos ágeis escorregaram para dentro da burra e zap... acolheram todo aquele ouro.
Mas como não somos donos de nada, somente guardiães, enquanto nos dura a dignidade, resolveu ele que a devolução era o caminho pelo qual a redenção da queda se daria.
E assim foi que depois da constatação de que realmente não houvera armação nenhuma, nosso querido resolveu devolver a dinheirama toda.
Perdoado e aconselhado a não mais fazer tal maldade, Eurídes tomou um avião e foi esfriar sua cabecinha lá em Paris.
E aquele que não tivesse pecado nehum que atirasse as pedras.
Seus adversários lembrando-se dos momentos difíceis pelos quais passaram sob o fogo cerrado de suas baterias, acharam por bem que nem mais por brincadeiras ou palhaçadas tais perseguições se deviam dar.
Todos temos nossos telhadozinhos de vidro. E não se deve a exemplo das Cruzadas Medievais, submeter os que conosco não concordam, sob pena de morte ou enlouquecimento.
Bem, amigo por mais pura que possa ter sido sua santa vida, aprenda que o Evangelho de N.S. Jesus Cristo existe para libertar e não para segregar e oprimir. Não se deve usar o Evangelho para praticar o ostracismo.
Jesus pode perdoar mas e teus benfeitores? E os lesados?
Que mãos grandes hein Eurídes?