Tente convencer um cidadão no ônibus a não jogar a latinha de refrigerante ou o saquinho de salgadinho para fora da janela. Vai chamá-lo de de c.d.f. da natureza. Vai rir da sua cara. O chão é o limite, quando queremos nos desfazer da embalagem vazia.
Não sei que tipo de mecanismo o subconsciente assimila para permitir esse crime ético e biológico. Talvez a desconfiança de que logo o vento, braço da própria natureza, varrerá aqueles detritos para um lugar onde a gente não veja.
A ponta de cigarro, que “cai” imediatamente quando o fumante desisitiu de explorar aquele finzinho, leva dois anos para se decompor no solo. O chiclete, que também é catapultado da boca para qualquer direção, leva quatro anos.
A esperança não é grande. O mais provável é que o mundo realmente acabe logo. Não porque está escrito na Bíblia, ou por ataques alienígenas. Mas pelo próprio desrespeito e ignorância do homem com relação ao seu próprio lugar. Nem com o fim do mundo vamos parar, pois nesse caso, é óbvio, estaremos mortos.