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cronicas-->DESARMAMENTO -- 08/10/2005 - 14:25 (H.R. Rodriguez) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ali babá e os 40 ladrões

Os 40 ladrões nunca estiveram tão eufóricos. Alul Avlis, o displicente rei de Lisarbo, acabara de assinar mais um polêmico decreto:
- A partir de hoje, esta proibido o comercio de armas em nosso reino.
Avlis garantiu aos seus correligionários que, com essa medida, acabaria com a crescente onda de violência que assolava Lisarbo.Talvez o rei tenha imaginado que acabando com as armas legais o problema se resolveria, pois, reino sem armas, reino sem crime. Pobre majestade!
Os ladrões abriram os melhores vinhos, mandaram buscar as mais belas odaliscas e assaram os mais apetitosos leitões. Até Sésamo foi agraciado com um banquete digno dos deuses. É hora de comemorar!
Já não se encontravam mais armas circulando em Lisarbo. Não legalmente. E nem mesmo os mercadores podiam mais trazer armas de reinos distantes. Estava proibido mesmo. Para os 40 ladrões isso não fez a menor diferença. As armas que eles tinham em mãos foram conseguidas no mercado negro e isso não mudaria, seria sempre assim. Uma ou outra era subtraída de pessoas do povo. Coisa pouca. Quase insignificante.
Antes de saírem da caverna para mais um arrastão pelas vielas de Lisarbo, Cogiá Hussein - o chefe dos ladrões - deu a ordem:
- Assaltem à vontade! Ninguém mais esta armada na reino e os guardas reais de Lisarbo são despreparados, ineficazes e corruptos. Subornem meia dúzia aqui, meia dúzia ali e não terão problemas. Cogiá, de bobo, não tinha nada!
Para não dizer que não houve momentos felizes em nossa historia e que só a bandidagem se deu bem, teve um cidadão de boa-fé que também saiu no lucro. Era um rapazinho pobre e esperto. Morava longe da cidade, perto das montanhas, quase junto à gruta dos facínoras. Um belo dia foi espiar como os bandidos sumiam entre as montanhas sem deixar vestígios. Descobriu que Cogiá, ao se aproximar de uma pequena rocha, tagarelava a seguinte frase: - Abre-te Sésamo. E a rocha se deslocava de maneira a permitir a entrada dos ladrões montanha adentro.
Quando os malfeitores saíram, o pequenino rapaz chegou próximo à rocha e disse: - Abre-te Sésamo. Viu que era um burrico que se chamava Sésamo e estava preso a uma corda que movimentava a pedra. A rocha abriu, ele entrou, encheu as sacolas de ouro e jóias, pegou algumas armas (agora, aquela era a única maneira de conseguir armas) e foi embora. O mancebo viveu muito bem depois daquele dia. Esse ai vai ter cem anos de perdão!
Mas os 40 ladrões viveram melhor ainda. Nunca foi tão sossegado saquear Lisarbo. Os tempos que sucederam aqueles dias foram de muita fartura (para os criminosos, é claro).
Anos se passaram, séculos se passaram e Lisarbo acabou se tornando um exemplo para as outros países das arábias. Um exemplo a não ser seguido jamais!
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