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Cartas-->Tudo aconteceu quando você era ainda um bebê -- 31/10/2003 - 14:22 (DENIS RAFAEL ALBACH) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Tudo aconteceu quando você ainda era em bebê na barriga de sua mãe. Os primeiros sentimentos, os primeiros sonhos se formaram naquele lugar maravilhoso onde estava vivendo. Era um mundo mágico, cheio de tranqüilidade e segurança. Podia haver instantes de desconforto, mas tudo era imediatamente resolvido por uma força extravagante do amor de sua mãe. Você viveu bons meses dentro daquele lugar recebendo amor, afeto, carinho, segurança e felicidade. E nele muitos dos seus desejos se formaram. Muito de sua personalidade foi feita naquele lugar. Mas um dia, porém, você sofreu um tremendo susto. Talvez o maior susto até aquele momento de sua vida, e aquilo mudou alguma coisa em você. Aquilo realmente mudou a sua vida. Você passaria a ter outra vida diferente daquela conhecida. O que era agora que poderia transmitir a mesma felicidade e segurança de antes? Você estava vivendo totalmente num lugar isolado, frio e desapropriado para aquilo que você veio viver neste mundo. Parece que você caiu no mundo errado após o corte do cordão umbilical. Ali surgiu o primeiro medo e a primeira verdade de que existia alguém mal que lhe retirou daquele relacionamento amável que você vinha formando com sua mãe. Você teria que se acostumar com a verdade de que alguma coisa ou alguém sempre cortaria seus sonhos na metade.
O primeiro e o mais forte medo foi o grande receio de se sentir sozinho. Não existia como antes a presença permanente de alguém que lhe desse carinho e calor na hora de que precisasse. Depois vieram os outros medos como o medo de cair, se machucar. As pessoas lhe falaram “cuidado para não cair” e você teria medo dos tombos que tivesse na vida e saberia que eles lhe fariam sofrer. Você começou a ter medo do escuro porque as pessoas lhe assustaram com isso. Teve medo de dar o primeiro passo porque lhe disseram para ter cuidado. Como você daria os próximos passos em sua vida se tudo foi cheio de medo? Você, como muitas crianças, pôde ter crescido ao lado de irmãos ou de outros que cresceram e brincaram ao seu redor. Foi aí que você percebeu que a vida é feita de relações. Amigáveis ou não. E quando te bateram naquelas brigas infantis você percebeu a diferença entre amigos e inimigos e que umas pessoas podem gostar ou não das outras. Então você aprendeu que você teria as escolhas que lhe ensinassem e também aquelas que aprenderia sozinho em sua vida. E aprendeu que as pessoas poderiam lhe deixar sozinho, assim como os amigos que se afastariam. Soube também que umas pessoas o amavam mais e outras menos.
Você soube que existia um outro medo, o medo de ser desprezado e conseqüentemente ser sozinho. E isso lhe implicaria os fatores de seus relacionamentos no futuro. Você aprendeu que os medos fazem parte da vida e que bem ou mal você conviveria com eles por um tempo. Lá, de volta aquele paraíso materno onde tudo começou, você aprendeu que a vida não tem mais voltas e que um dia algo feito ele produzirá a causa do seu efeito. Mas aprendeu, sobretudo que o ser humano veio buscar aquilo que o corte do corte umbilical interrompeu: o antigo amor conhecido no útero de sua mãe.
Assim, todo relacionamento com as pessoas que você deixou entrar em sua vida e deixou ficar nela foi para preencher o antigo amor deixado no seu subconsciente. Aquele amor total. Sem falha. O amor incondicional que visa preocupar-se, dar-se sem esperar recompensa. O amor que por sua essência Deus predestinou existir no ventre materno. Todo aquele amor é a essência da ligação entre o Criador e a criatura e é para ele que as pessoas se voltam em seus relacionamentos afetivos. As pessoas bem procuram conhecer de volta aquele amor. Trazer e viver em sua vida aquele mesmo relacionamento de amor e cumplicidade. Nos relacionamentos de amor que buscamos hoje, ansiamos descobrir em cada pessoa um pouco em cada uma, a mesma afinidade que sentimos durante os primeiros nove meses. Tudo aconteceu naquele lugar. Desde os primeiros dias... Tivemos a primeira vida e a partir dela viemos buscar outras vidas para preencher o vazio deixado no rompimento do dia do nascimento.
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