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Cronicas-->Amores imperfeitos -- 12/10/2005 - 10:48 (Oussama El Ghaouri) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Não foi por Amor que cheguei à primeira namorada. Foi a covardia quem me guiou. Não tive coragem de lhe dizer não. E foi por esse mesmo motivo que me casei com ela. Ao longo de três anos e meio de casamento, alternaram-se emoções em minh´alma. Mas o tal do Amor nunca me cumprimentou. Por ela, tive tesão em alguns momentos, respeito, desrespeito e, ao final, pena. Percebi que não experimentei ao lado dela nada semelhante a esse sentimento tão verbalizado. Sair de casa foi quase que me despedir do ser romàntico que eu era. Digo quase, porque ainda tive de me iludir mais uma vez para perceber o quanto é difícil viver à sombra desse jequitibá. O Amor é um fardo desajeitado e pesado que nos entregam. Cumprir todas as expectativas a cada instante, correr todos os riscos, fazer o impossível, estar sempre atento, nunca oscilante. Isso é desumano ou sou alienígena.
Por um tempo, vaguei dentro de mim na busca daquilo que seria o alicerce do grande Amor. Nada seria tão forte para sustentá-lo. Estava impotente. Isso sim era real e trazia à lembrança o fim do casamento. O que houve de errado?
Estávamos inconscientes ao que é a vida. Se pudéssemos perceber a importància e naturalidade dos desencontros como temperos que aguçam os sentidos. Se percebêssemos que as barreiras no jogo de sedução não eram sinais da imaturidade, mas de erotismo. Se não fóssemos tão iguais e inofensivos um ao outro, talvez teríamos sido pelo menos homem e mulher. Hoje, não quero cometer o mesmo engano. Por isso, apenas amo. Levo o amor de forma diferente do Amor. Levo-o como levo a vida: um fenómeno cheio de desencontros, barreiras, diferenças e ameaças. Não espero perfeições nem eternidade. Nem espero que isso seja uma grande fórmula para um ótimo relacionamento entre duas pessoas. Mas pelo menos tiro essa carga do meu ombro (o Amor) e me permito errar e sucumbir em alguns dias sem me achar incompetente por ser como sou ou sem me achar alienígena no meu próprio mundo.
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