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Contos-->DIARIO DE BORDO CAP.XXXI -- 05/02/2009 - 11:38 (Mirian de Sales Oliveira da Rocha) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Passamos por Monte Carlo e a silhueta inconfundível do Hotel Negresco aparece recortada contra o sol. Iates de luxo deslizam por suas águas tranqüilas e a grande quantidade de toldos perto da praia apontam para hotéis e restaurantes luxuosos;Aí ,sem dúvida rola muito dinheiro;avisto,de longe,com olhos compridos a Gran Corniche.Recordo velhos contos de Somerset Maugham que encheram de sonho minha adolescência.Na véspera, assisti ao mais belo pôr-do-sol desde que estou no navio;uma explosão de cor,uma fita de luz se espalhando pelo infinito,o azul-grey do céu como pano de fundo para tudo aquilo e o sol mergulhando no mar,devagarzinho,sem pressa,como se até ele tivesse preguiça de descer aos abismos de Hades,deixando tanta beleza;num átimo percebi porque a Itália é a pátria das artes;impossível não ser artista com um cenário assim.Pássaros alegres e ligeiros cruzam o céu,peixinhos prateados cercam o navio;tudo é beleza e perfeição.A cidade tem o tom do mármore de Carrara,uma harmonia perfeita entre os tons terrosos da cidade e a explosão de cor á sua volta.Ao longe passa um cargueiro escuro bem á nossa frente. ;acordo do sonho ao ouvir o oficial de bordo gritar:
- Zero-Five-Two,controlando a rota.
-zero-five-two,Sir,responde o tripulante.

. Já ouvimos vozes italianas no rádio:alguém suplica,ansioso que um navio se identifique e dê sua posição;fala-se em Villareggio ou Carrara,enfim,o assunto não é conosco.Passamos por um morro redondo,não muito alto,com uma fortificação antiga,como um castelo;não consegui saber-lhe o nome.Ha vários barcos ao redor do navio,pesqueiros,iates de luxo;um deles o UHSS300,provavelmente de suecos..passou a menos de 5 nós;Os tripulantes eram altos,louros e bonitos;eram dois,vestidos como yatchmen,usando casacos caros e coloridos.
Um oficial saudoso se informa em Gênova sobre o preço das ligações telefônicas;ele quer falar com os pais nas Filipinas;é salgado o preço da saudade:U.S.8 o minuto;o oficial desiste.Lembro que na época da minha viagem,quando este diário foi escrito o celular ainda não era um produto de consumo.
Os novos tripulantes já assumiram suas posições, são sérios e calados. O navio está naquela modorra que precede o assanhamento das chegadas;o Cap. ainda não apareceu e até o Cook-dog que cedo estava correndo nos meus pés querendo colo ,agora está cochilando perto da cadeira alta do comandante no deck aonde estive longo tempo sentada fugindo do frio,que la fora fustiga nossas pernas.
Tomo um chocolate quente e espero a chegada á Gênova,não quero perder nada.
Imagem:San Remo
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