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Poesias-->Devo estar ficando velho -- 07/02/2010 - 19:11 (Claudio Bertode) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Devo estar ficando velho...

Tudo que vejo à minha volta é tão sem nome ainda...

É como se uma saudade milimétrica

Viesse sempre me fazer compania

Jogar areia nos meus olhos....



Se não é sintoma de velhice,

o que então está espinhando?



Meus amores já estão todos inacabadosTudo a minha volta já começa



a parecer, de tão novo, tão sem nome...



E os objetos e as pessoas...



Já permanecem tão crianças...



 



É como se uma saudade



quisesse se impor, acertar contas

Viesse sempre fazer cócegas,



companhia em horas mais que impróprias,

Jogar areia nos meus olhos...



Se não é então velhice, 

o que seria esse sintoma? 

Esse corpo pesado, insuportável



peso de coisas inacabadas



amores, frases que ninguém disse



presas na garganta como brinquedos



danificados no canto 



como lúdicas ilusões sem cor 

folhas que o vento ao longe lançou...



Devo estar de cabelos brancos 

Não reconheço essas sombras



assustadas no espelho a dizerem

que as musas ainda bailam...



 



embora sei que eu não mereça...

Respeitem esses versos rabiscados 

no papel amarelo do pão de cada ontem.... 

Devo estar ficando velho... 

Tudo que vejo à minha volta



 já se comporta e se projeta tão sem nome... 

como brinquedos quebrados no canto

como lúdicas ilusões sem cor

ou folhas que o vento lançou pra longe...



Devo estar de cabelos brancos

Como não vejo essa sombra assustada no espelho?



Não me olhem assim,

Não me digam minhas musas ainda bailam





Respeitem esses versos rabiscados

no papel amarelo do pão de cada ontem....

Devo estar ficando velho...

Tudo que vejo à minha volta é tão sem nome...



 


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