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Poesias-->Quase isso -- 14/02/2010 - 01:05 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) |
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QUASE ISSO.
Às vezes é quase impossível
sair;
e a permanência na linguagem explícita
dos objetos
é final.
As coisas todas falam
campainhas
alarmes
aparelhos
vozes.
Para meu assombro
se estivesse na montanha
e o silêncio reinasse como um deus
igualmente agarrar - me –ia
à conversa cativante
dos objetos.
Fechar os olhos?
Não fecharia.
Querer o vazio?
Não buscaria.
Porque o mundo me seduz
com sua magia
à que muitos apelidam
de bruxaria.
Se fosse cega e não precisasse dos olhos
ouviria até o andar
de todo inseto
e igualmente na montanha escutaria
e fechar os meus ouvidos, não poderia.
Dessa forma, este mundo
me abraçaria.
Sou humana
como os mendigos
os reis
e as santas.
Sou mundana
como as crianças.
Choro a violência
entristeço às notícias
a maldade me esfria:
como aos vizinhos,
como aos amigos
e a tantos outros.
E mesmo assim
meus olhos de susto,
a porta da rua
a janela cativa...
eu não fecharia!
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