O lugar era pleno. A natureza, exuberante.
A criação concluída. Tudo respirava vida.
Porém, por mais belo que fosse o jardim,
Ali, um homem só, vivia só.
Havia um mundo novinho em folha,
Tudo à mão, à sua inteira disposição.
Ainda assim, o homem era só solidão.
Sua desolação era tamanha, sua tristeza, de dar dó.
O próprio Deus se comoveu e concluiu:
“Não é bom que o homem esteja só”.
Mas não foi pena, não foi dó;
Foi o Amor Eterno, a eterna compaixão,
“A essência de Deus” que o poeta falou,
Que moveu o Criador na direção da criatura,
Num ato inconteste de carinho, cuidado, ternura...
Então, como último ato da criação, criou Deus a mulher.
Não a criou como símbolo de beleza,
Posto que o belo esteja em toda a criação.
Deus a planejou em seu coração,
Como alguém que pudesse ao homem completar.
Não apenas na sua sexualidade,
Mas em toda a complexidade que a vida tem...
Mulher, não há poeta capaz de dizer tudo que você é.
Contento-me em saber
Que você sempre será benção de Deus que ao mundo faz bem.
NILL BENICIO DIAS
Poesia é vida. |
