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Cronicas-->Produto -- 03/11/2005 - 01:45 (Osmar Malheiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Em minha cultura de internet, algumas vezes conheci pessoas que pareciam ser tudo aquilo o que pensava querer para mim; mas cometi o erro básico da embalagem bonita.
Hoje em dia tenho considerado as pessoas como produtos; todos nós somos um pacote fechado, cada um com seu invólucro próprio, tentando ser "melhor" que o outro. A vida tornou-se uma grande prateleira onde, as vezes somos clientes, outras vezes a mercadoria. E passando os olhos pelas prateleiras da vida, você vai encontrando produtos que são do seu agrado, as vezes demoramos para escolher e o produto nos perde a validade, outras vezes encontramos o produto ideal, mas ele é um número que não te serve.
Outras vezes ainda, encontramos produtos de uma embalagem impecável e quando abrimos...cadê o produto ? É vazio, não tem nada de conteúdo.
Enfim, parece ser uma visão pessimista das coisas, mas nem tanto. Afinal é tão bom quando encontramos aquele produto que nos é ideal, que serve direitinho sem folga nem aperto e ficamos felizes com ele. Como mostram os casais de velhos sentados na praça. Mas nem sempre assim, as vezes você compra um produto e insiste em usá-lo, até que de alguma forma inexplicável ele acaba cedendo a você e você ao produto, tornando a convivência pacífica no fim de nossos dias, muitas vezes é assim.
Há pessoas, que por moda, compram um produto que não lhes agrada, mas todo mundo usa, todo mundo tem, então quer ter também...ahh, essa coisa de modismos sempre tão inconstante. Aí ficam trocando de produto a cada nova moda, a cada nova estação.
Acontece também de encontrarmos o produto perfeito, com uma embalagem maravilhosa, com um possível conteúdo que será agradável, mas ele já está reservado por outra pessoa e aí, só nos resta ficar olhando para o produto com aquela cara de boi babão que deseja o que não se pode ter.
Existe também a tentativa e erro...escolhemos o produto, embalagem nem sempre bonita, mas eficiente, com um rótulo que afirma que aquilo é o que precisamos, mas no geral, só conhecemos os pacotes quando compramos e abrimos. Se não gosta, troca, tenta-se novamente. Só assim para conhecer o produto; e quantas vezes compramos produtos que não sabiamos o que tinha dentro? Mas afinal, como saber ? Como intuir, pela embalagem ou pelo rótulo que aquele produto é o que ele realmente diz ser para nós?
Não! Não espere de mim uma resposta, pois também quero saber.
Abrir um produto e experimentá-lo é como conviver...Acredito e isso é opinião particular e não regra, que quando convivemos, percebemos as diferenças, notamos o que é bom e ruim no outro. Basta saber se essas diferenças serão toleradas no decorrer da vida.
Encontro amigos e amigas que num dia se encantam com as pessoas que encontram na net e na vida por aí e depois de uma semana preferem a morte à estar com a pessoa que encontraram. Tudo isso por que um descobre que a outra, quando acorda, tem mau hálito, a outra descobre que o outro flatula durante a noite e o outro descobria que fulana ronca, sicrano grita, beltrano bate, deltano baba e por aí vai...
Em nossas embalagens, nos nossos rótulos, não encontramos essas advertências, mas se você olhar nas letras miúdas, aquelas que a gente nunca vê, se perceber, pois é muito sutil, verá que nós, como produtos, somos todos humanos e por isso, classficados todos igualmentes e aí vai ficar fácil perceber que se você acorda paracendo um dragão de manhã isso pode acontecer também com a pessoa que você está conhecendo e acreditando ser a princesa da Prússia a todo instante.
Mulher menstrua, tem dor de cabeça, se irrita, fala o que não sente ,chora...
Home sua, pensa pequeno, por natureza é relaxado, chora mas não mostra...
E por fim, esse texto não termina com nenhuma lição de moral sobre como ser ou portar-se mas é apenas uma reflexão particular sobre o cuidado de olhar a embalagem e entender que o conteúdo sempre tem as letrinhas miúdas que não vemos, ou não queremos ver.
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