Aos vinte o corpo grita, tamanha energia.
Mas … o que fazer com ele? Nem sei bem…
Aos trinta, berra menos, porém com mais alegria:
Já é sabido o que se faz, mas…convém?
Aos quarenta, ele entoa sua magia
No afã de amar e ser amado também.
Aos sessenta? Sussurra com maestria
Sem se preocupar com o que é que vem.
Mais maduro, aos setenta, ele cicia
Uma cantiga de nenê.
Aos oitenta, envergado?, não silencia,
Mas bafeja algumas notas, se sustém.
Ah! Aos noventa… ainda irradia
Seu elã como ninguém!
Pois já não importa o que virá, o que se é ou o que se tem!
|