Poema de catorze versos, ritmado.
Às vezes com rima, às vezes branco,
Mas sobretudo curto, bem urdido.
Misto de trova, de lira, minueto.
Resiste à moda e ao tempo – esse dueto!,
Conclamando seu valor aos quatro cantos.
Faz de seu canto o mais alto e mais contido,
Embora por vezes silenciar seja seu fado.
Não importa o quão loquaz ou tão franco
Possa o soneto tornar-se quando estua
Porque para alguns ele é mero plano
Sobre o qual a palavra se insinua.
E se crê morta, sem forma e sem rumo.
Porque o soneto é acima de tudo um prumo!
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