Não existem mais fórmulas nem dicas mágicas. O círculo vicioso criado pelos meios tradicionais de comunicação ainda é uma barreira difícil de ser ultrapassada. Qual será o resultado deste novo processo?
Lembro das palavras do meu conterrâneo, o filósofo de rua argentino, Facundo Cabral: “a verdade é um lugar onde não quero ficar por muito tempo”. Ele estava certo. A verdade está à mostra. Estamos vivendo um triste tango com sotaque americano. Andamos a um ritmo lento enquanto a Comunicação cresce e se desenvolve. Apareceu um novo monstro com cara de deus chamado Informação. Dançamos entre o excesso e a falta desse novo ser escabroso.
Toda modificação dos aparelhos culturais e de comunicação provocou e ainda provoca reações na sociedade. Qual será então o nosso caminho para obter algo positivo disso? A Globalização produz problemas de difícil solução que deixam em evidência uma realidade da qual não sabemos usufruir.
O nosso mundo foi reduzido a duas fronteiras: a dos que têm acesso à informação e a dos que gostariam de ter. É uma ampliação da exclusão social que já é complicada por si só. Mais uma premissa para contribuir ao crescimento das desigualdades, da violência.
Temos mais informação e menos leitura, mais ídolos e menos cientistas, mais propaganda e menos conteúdo, mais consumismo e menos dinheiro, mais trabalho e menos emprego. O braço operacional do neoliberalismo tomou o nosso universo. Entretanto, a falta de informação não é culpa dessa política. O fato de o conhecimento não ser recebido de forma profícua é culpa nossa e isso nos leva a uma situação de pauperismo econômico e de espírito.
A Internet não apresenta risco de revolução, mesmo com todo o conteúdo ideológico presente. É uma estratégia de massificação para os governos, uma técnica bonsai que atrofia raízes de pensamentos.