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Poesias-->Mulher In-Tensa -- 16/04/2010 - 13:07 (Marluci Ribeiro de Oliveira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A vida, em si, é um ensaio

Em que se vive durante o treino:

Quanto mais tento, mais caio

E quanto mais caio, mais teimo.



Tudo isso acontece em breve lapso

Do tempo medido que nos foi dado.

Por isso, sigo sempre o compasso

Do ritmo frenético do meu fado.



Busco acompanhá-lo sem susto.

(Embora saiba que a vida assusta).

Por isso não sei se estufo o busto

Ou se me rasgo na saia justa!



Por ser mulher é pior minha forja:

Exige força e sapiência...

Assim, preciso fugir da “corja”

Mas dela ainda ter ciência...



Logo, sou malabarista

Nessa vida de ribalta.

Mãe, mulher e artista

E o que mais ainda me falta.



Não sou brilhante nem triste.

Simplesmente mortal.

Tentando crer no que existe

E no sobrenatural.



Uma “camaleoa”, uma leoa na cama,

Um ser sanguinolento que ama

E concebe, acalenta e afaga.

(Mas também afoga e apaga).



Sou o que consigo ser e mais nada.

Porém nem isso me define.

Eis-me assim (e muito obrigada):

Um sinuoso tubo de biquíni.



Já não me importa ser desnuda,

Exposta (nua) em cada esquina.

Pois isso, por si, nada muda

O fato de eu ser só uma mina.



Quero seguir bem no meu ensaio

Para a ovação derradeira.

Ser homenageada em maio,

Em março e pela vida inteira!



Porque tudo isso é mister:

Sofrer, amar, lacrimejar

À flor da pele: ser mulher.

Lutar somente por acreditar

Que tudo sempre pode ser melhor.



Ainda há espaço pra sonhar

E fazer do sonho o alvo mor.

Assim, sigo lesta no meu treino

Aprendendo enquanto reino

Pelo simples desejo de aprender.

Ainda que, formada, deixe de viver

E vire purpurina!

Uma deusa sulferina

Tão submissa e vetusta,

Enfrentando (com salto alto e saia justa)

Essa batalha severina...

Sou mulher. Sou linda. Sou capaz.

Vou teimar e vencer - e ainda mais:

Amar de paixão meu próprio algoz!

Tudo porque tenho coração, mas tenho voz!

E aprendo sempre enquanto ensaio...

Embora recuse meu diploma.

Não titubeio nem me distraio:

Fujo, incontinenti, da redoma

Porque a vida me chama e me toma

E faço disso o meu dever.

Nasci somente para ser

Aquilo tudo que eu quiser.

Por isso nasci assim: intensamente mulher!









Em 15/4/2010.























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