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Poesias-->Língua -- 17/04/2010 - 12:52 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Língua



A lamber as margaridas desta data

minha língua junta odores e os critica:

o por quê da permissão

e quase aflita

numa vida tão maluca

é que acredita?



Vou à feira?

faço coisas?

É mentira.

Não se pode

não se chama

não se agita.



Lá no fundo o mar é trêmulo

e palpita

e pergunta como a língua

cicatriza

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