Silencioso, cai um pingo solitário.
Muito longe, lá nos picos andinos.
Juntos a outros nos dão legatário
Amazonas, que busca seu destino.
Em princípio, volume tênue, fino,
Que ao poucos se torna caudaloso
E violento, num curso serpentino.
Uma dádiva. Um rio generoso.
Que devemos cuidar para o futuro.
Destruí-lo é morte do Planeta
E a vida na Terra em grande apuro.
Antes que gelo dos Andes derreta
Não matemos a selva e o Amazonas,
Pois cavamos por fim, nossa valeta.
HENRIQUE CÉSAR PINHEIRO
FORTALEZA, ABRIL/2010.
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