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Poesias-->Nascente -- 20/04/2010 - 21:08 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) |
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Nascente
Amor:
nasces como capim
selvagem e verde escuro
sem flores nem espinhos,
apenas nasces.
Soltas o teu veneno
ou perfumas a alma estéril
conforme as cores que tocas
e o recipiente que invades.
Se não te dou água fresca
é porque açoita-me o medo
de que me engulas, me acabes
me desconheças
me ames.
Amor que chegas, não vires
a chave do apartamento
não vires carro, mercado:
eu te prefiro calado
no meu esterno agarrado.
Meio boteco, largado
cara de sono e chumbado...
Pior do que a falta muda
do teu pulsar entreaberto
é quando viras do avesso
e marcas hora; regresso.
Ou quando apontas o dedo
querendo absurdas linguagens:
que eu vista marca de um traje
que mude em mim os detalhes.
Minha hippice é genética:
os meus sinais desordeiros
são as tatuagens que levo.
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