Usina de Letras
Usina de Letras
290 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62175 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22531)

Discursos (3238)

Ensaios - (10349)

Erótico (13567)

Frases (50580)

Humor (20028)

Infantil (5424)

Infanto Juvenil (4756)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140791)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6183)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->Os neocompanheiros ou uma pulga na camisola -- 18/12/2002 - 22:47 (Athos Ronaldo Miralha da Cunha) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Os neocompanheiros ou uma pulga na camisola



Com as indicações do futuro presidente do Banco Central, o ex-banqueiro Henrique Meirelles; do ministro da Agricultura, o agrônomo Roberto Rodrigues e do ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, o empresário Luiz Fernando Furlan do grupo Sadia; Lula sinaliza para os brasileiros, principalmente para os medrosos, que o seu governo encaminha-se para uma social-democracia. Com isso não estou dizendo que será um governo neoliberal com políticas semelhantes a FHC. Vamos dar uma chance a Lula, esperando os resultados, pois os futuros ministros são pessoas sérias, detém conhecimento técnico e experiência na área que atuam. São executivos bem-sucedidos com reconhecimento externo.

Não haverá uma ruptura da ordem e nem a temível revolução socialista. Será tão-somente um governo de coalizão em prol do Brasil. Com a nítida intenção de formular políticas sociais e acabar com a fome.

Haverá inconformados e desconfortáveis com um ministério tão eclético. Os petistas que estão num quadrante mais à esquerda do partido estão de cabelos em pé. E não é para menos. Os nomes anunciados por Lula são, para esquerda do PT, inaceitáveis e inconcebíveis. Para os petistas com fortes convicções ideológicas, que remontam a fundação do PT, os futuros ministros são uma pulga na camisola. E outras pulgas virão. Certamente, irão arrancar os cabelos, quando forem anunciados os nomes dos ministros que contemplam a base de sustentação de Lula no congresso e serão ministros indicados pelo PL, PMDB e PTB. Como diz o global locutor esportivo: “haja coração”.

O presidente Lula não está engessado pelo partido e nem pelas correntes internas. As indicações dos ministros e demais cargos do governo estão sob inteira responsabilidade da equipe de transição. Quando observamos as administrações municipais do PT em que o peso de cada tendências é contemplado nas funções do jogo de governo, concluímos que Lula está correto ao tomar para si a responsabilidade das indicações. Lula não está sendo influenciado pelas forças das tendências, mesmo porque, o campo majoritário, o de Lula, está compondo amplamente a equipe de transição. Resta saber até onde será digerível para os campos mais à esquerda esse “endireitamento” do ministério. Outro dia um amigo brincou dizendo que o ministério de Lula está mais para Davos do que para o Fórum Social Mundial.

A questão, quando tratada ideologicamente, é delicada. O partido modificou sua estratégia e visão de mundo ao chegar na presidência do Brasil. Definitivamente, o PT não é mais o mesmo do que foi há dois anos. O PT mudou porque na formação do governo está tratando de governabilidade e credibilidade, tanto interna quanto externa. Todos os ministros, até mesmo o da Cultura, têm trânsito internacional.

Em nome da governabilidade, Lula abriu o leque ideológico do seu governo. Talvez um leque de apoio mais heterogêneo e eclético do que o apoio que FHC conseguiu. Criticamos FHC quando ele disse “esqueçam tudo que escrevi”. Hoje, às vésperas da posse de Lula como faremos a avaliação do governo de Fernando Henrique? É chegada a hora da autocrítica? Ou vamos simplesmente dizer “esqueçam tudo que dissemos”.

Se por um lado o PT acena com um viés social-democrata, os ditos representantes do neoliberalismo tropical estão presentes no ministério de Lula. Eles também mudaram! Ou não? Há crítica a Lula pelo convite, mas não há críticas aos futuros ministros por terem aceitado o convite de Lula. Quem mudou? Acho que mudamos todos.

Façamos um exercício: qual seria a opinião de Meirelles e Furlan sobre Lula, há cinco anos? Por que estão presentes no governo Lula os representantes do neoliberalismo? O que podemos esperar de um multimilionário no governo Lula?

O que fascina esses executivos? O poder? A exposição na mídia? Qual será a verdadeira razão, se no meu modesto entendimento não vejo os porquês.

Espero que seja pelo Brasil. Sendo assim, sejam bem-vindos, os neocompanheiros... e as pulgas na camisola.







As lágrimas do presidente



Os diabos
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui