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Poesias-->Rasa -- 25/04/2010 - 01:22 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) |
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RASA
Não transcendo nada,
sou bem rasa.
Vejo através dos olhos
somente o que os olhos vêem
e sem permissão alguma
espio teu lado humano:
carne, sangue, pele.
As portas
não me assustam
porém me dão medo as paredes
principalmente se parecidas
com caixas
que vão se fechando:
tenho minhas próprias prisões
os outros não podem aumentá-las...
Uso as armaduras
transparentes
porque leves, permissivas,
anunciantes:
sei que não se pode andar na rua
sem alguma coisa que proteja.
Mesmo assim delatam minha sede
e servem para achar meus semelhantes.
Sei que não se pode andar na vida
sem alguma coisa que te chame
sem alguma coisa que hipnotize
ou que simplesmente
te deseje.
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