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Cronicas-->Os Grandes Filhos da Palavra -- 22/11/2005 - 14:29 (António Torre da Guia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

São mesmo uns queridos, os arautos das expressões lengalengantes, pois então não são? Emplumam-se de todo, surgindo em catadupa para mostrar a careta e exibir a sincopada falácia na televisão. Um mimo !...

Há 60 anos, logo que comecei a pronunciar e a entender as primeiras palavrinhas, já ouvia a estafadíssima expressão entre os "preocupadíssimos" adultos: é preciso mais educação!... Desde aí, sob o padrão da mesma coisa e em face de uma existência cada vez pior para a maioria da humanidade, o incessante descaramento de tudo argumentar e alvitrar constitui a singular pedra de toque da grandessíssima farsa que por todos os cantos se depara.

Deveras, já ouvi um número incontável de presumidos pedagogos deitar ao vento a peculiar cassete que só roda de paleio. Logo que racionei e investiguei sobre os seus objectivos afazeres - e só por alto - pois, eram todos "esforçadíssimos trabalhadores" que suavam a camisa diariamente, sabádos, domingos e tudo. Tadinhos... E pasme-se, referiam-se exactamente àqueles que esfolam o coirão todo para dar a comer um triste naco de pão aos filhos.

Hoje - e o teatro trágico-cómico continua como dantes - sempre que ouço as habituais aves agoirentas, sobretudo abutres e coiotes, à volta das novas adaptabilidades - ó caramba - dá-me logo ganas de vomitar, de escoucear, de marrar contra esses descarados sacanas que andam a fingir que são anjinhos com asas de libelinha. E não é que os "gfdp" ganham belamente a vida a debitar palavinhas de nada ao zé-pagode e não fazem a ponta de um corno para que os "ditos-e-sobreditos" produzam efeito!... Sempre que assim vejo e sinto, na mioleira, começa logo a passar-me o filme "O violino no telhado" e até parece que ouço ao vivo a sua banda sonora: "Ai seu fosse rico... Ai se eu fosse rico"... Rememorizo então a cena que foca os indivíduos da civilização chegando para darem cabo de uma família inteira que, até aí, vivia feliz.

É, então não é, "é preciso muito mais educação", essencialmente, tomar de imediato em mãos um gano de marmeleiro e fazê-los todos correr o mais possível, quanto para mais longe, melhor.

Eu, aos que alcanço à vista, explico-lhes, fundamento num ápice o desiderato e chamo-lhes ladrões, inúteis, cambada de "faz-de-conta". Foi esta nefanda índole que contribuiu, e contribui cada vez mais, para a galopante falta de trabalho que grassa por todo o lado, enfim, apregoada liberdade de mãos livres acorrentadas ao espaço imóvel.

Os sábios descobriram com engenho as máquinas e os apetrechos, desenvolveram as técnicas para facilitar o esforço humano, e os "gfdp" tomaram conta de tudo, vivendo exclusivamente à custa da controlação que exercem sobre toda a espécie de manejo, enquanto a maioria das pessoas começa a trepar e a arranhar as paredes sem saber o que há-de fazer.

Antes de pensar-se na prática da boa educação, da educação séria, doada com espírito vindouro, é prioritário e imperioso eliminar sem hesitação o sistema escravizante que não cessa de abruptamente pesar sobre a humanidade. É preciso rebentar-lhes de vez com o subreptício e sofismático processo, dê para onde der.

Estão a ver ali, estão? Na televisão?... A matrona, que é uma das mestras da assistência social, a dizer que "é preciso mais educação". Sabem o que é que a gaja quer mesmo dizer? Sabem? Quer dizer que é preciso submeter a benquista gentinha ao gáudio dos que vivem com as duas pernas às costas, propositadamente esquecida que "educação", antes de tudo, rima com "pão".

Apre, o que quer dizer "gfdp"? - É fácil: "grandes filhos da palavra"!

António Torre da Guia

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