Rasga o último traje branco das tuas saudades
E inaugura, agora mesmo, o carmim.
Quem sabe do teu futuro algo mais
Do que pensas, tu mesmo, desconhecer?
Invade as ruas nuas destas cidades
E grita o nome secreto para mim.
Alguém conhece de ti um fato a mais
Do que pensas, tu mesmo, pouco saber?
Não volte ao cume da montanha solidão
Sem levar contigo o amanhecer,
Pois na hora derradeira da paixão,
Para ti só restará breve morrer...
Mas se houver, para a vida, outra razão
Não te permitas em vão desvanecer!
Ressurja da terrível escuridão
Que é a vida, soletrada sem você.
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