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Contos-->A TAMPINHA PREMIADA -- 22/03/2009 - 18:44 (Jose Araujo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Sempre que eu passava em frente à garagem dos ônibus elétricos no Bairro do Braz, eu ficava encantado com suas dimensões!

Era um galpão largo e muito alto, pois os Tróleibus vinham para a garagem direto da rua, com seus dois mastros que deslizavam nos cabos de alta tensão, que eram colocados especificamente para eles, suspensos por cabos de aço sobre as ruas da cidade e naquela época, nem se imaginava que um dia teriamos metrô, ônibus articulado movido a gás natural, automóvel movido a eletricidade, veículos ecologicamente corretos, tudo isto, era só ficção.

Quando se falava de ir do meu Bairro, a Casa verde, para o centro da cidade, logo se ouvia alguém dizendo que iria pegar o 43, pois ele fazia final na Rua Cásper Libero, bem ao lado da Avenida Ipiranga, no coração de São Paulo e de lá, com mais uma condução, era possivel chegar onde meu pai trabalhava, em questão de minutos.

Meu pai trabalhava na garagem há muitos anos, mais precisamente, por 35 longos anos de muito trabalho e pouco dinheiro para sustentar nossa família.

Sempre que nossa mãe ia para a “cidade”, como chamávamos o centro, eu queria ir também e levar alguns colegas para mostrar com todo orgulho, onde meu pai trabalhava, mas eram raras as vezes em que ela dixava e eu ficava imaginando, o porque dela negar.

Papai era mecânico de manutenção, o que sempre fez a vida toda, ele aprendeu o oficio com meu avô e não pode estudar muito, porque precisava trabalhar para ajudar seus pais.

Ele sempre ficava feliz quando a gente aparecia por lá, pois a administração, não achava ruim a presença dos filhos do “seu” João, um exemplo de bom empregado e sempre nos elogiavam a ele, dizendo que estávamos sendo bem criados e educados, mas só Deus e meu pai, sabiam às custas de que e os anos foram se passando, nós fomos crescendo como tinha que ser e vida foi nos levando, o tempo passou e em determinado ponto, nem haviamos percebido e já tinhamos nos tornado adultos.

Papai já estava velho e cansado, mas não parou de trabalhar depois que se aposentou, porque com o dinheiro da aposentadoria, a gente ia acabar passando necessidades e sendo assim, ele não teve outra opção, senão, continuar a luta, pelo ganha pão.

Meu irmão mais velho, já não ia mais conosco à garagem visitar nosso pai, mas eu sempre dava um jeitinho de ir vê-lo, porque sabia o quanto era importante a nossa presença em sua vida.

Lembro-me de certo dia, quando ainda éramos crianças, quando juntei-me com mais dois amigos e fizemos uma “vaquinha” para arrumar o dinheiro da condução, pois mamãe dizia que não tínhamos nem o suficiente para pagar a conta de luz, quanto mais passear no centro da cidade, tentamos a manhã toda, mas o que conseguimos, não dava.

Meus padrinhos moravam perto de nossa casa e quando encontrei minha madrinha no caminho da padaria, eu estava triste, de cabeça baixa e ela logo quis saber o que estava me aborrecendo, contei a ela e sem pensar duas vezes, ela abriu sua bolsa e me deu o que faltava, para pagar as passagens de ida e de volta.

Radiante, corri ao encontro de meus amigos e lá fomos nós, orgulhosos de pegar o 43, pois ele era o que havia de mais moderno na época e em pouco tempo estariamos no centro e de lá, logo chegariamos à Av. Celso Garcia, onde ficava a garagem dos onibus elétricos, que existe ate hoje.

Quando lá chegamos, um sorriso enorme tomou conta do rosto de meu pai, ele me abraçou, me beijou, cumprimentou meus amigos e enquanto ele trabalhava, a gente ficava admirando as dimensões do Galpão.

Depois de algum tempo, ficamos entediados, queríamos fazer algo diferente e foi então que lembrei que na calçada, em frente à garagem, havia um velhinho que vendia refrigerantes, doces e balas, mas o que me fez ficar mais excitado com a idéia, foi que só me faltavam duas tampinhas premiadas, para eu trocar por uma linda miniatura de engradado de garrafas, igualzinha ao verdadeiro e com ele, eu iria ganhar doze mini garrafinhas de refrigerante, o que completaria, minha tão esperada coleção.

Fui correndo até onde meu pai estava e perguntei se ele não poderia arrumar o dinheiro, para que cada um de nós pudesse comprar uma garrafa de refrigerante, pois estávamos com muita sede.

Percebi uma certa hesitação na voz de meu pai, mas ele disse que sim, que estava tudo bem, tirou do fundo de seu bolso umas notas amassadas, que eram o suficiente para o que a gente queria.

Corremos para a carrocinha do velhinho e perguntamos se ele tinha o refrigerante da promoção, aquele que quando você acha uma tampinha marcada com uma estrela dentro, você ganha pontos para trocar por brindes, quando tiver pontos o suficiente.

Ele riu como se todos os meninos quisessem a mesma coisa e disse que iria comprar muito mais, pois estava vendendo bem por causa da promoção.

Quando ele abriu as garrafas para a gente, dei um pulo de emoção, pois na minha tampinha tinha uma estrela e eu estava apenas a duas estrelas para poder trocar pelo brinde que tanto queria.

Um dos meus amigos pegou sua tampinha na mão, tirou a camada fina de cortiça que havia nela, olhou para mim e com um sorriso largo e me disse que eu já havia conseguido o que queria e assim foi com o outro, pois num dia de muita sorte, nós três fomos premiados, com a estrela no fundo da tampinha.

Mais alegre que nunca, voltei para a minha casa na Casa Verde, juntei todas as minhas tampinhas e fui voando ao posto de troca que tinha na padaria do “seu” Manoel, troquei pelo meu brinde e ainda sobrou uma delas, que eu guardei em meu bolso, para resolver depois o que fazer com ela.

Cheguei em casa feliz da vida, coloquei a minha preciosa miniatura de engradado, cheio de garrafinhas em cima do meu criado mudo e de tão cansado, me deitei na cama e acabei por pegar no sono.

Quando acordei já era noite, ouvi vozes na cozinha e minha mãe falando sobre mim e ela parecia nervosa e muito brava com meu pai, dizendo que ele apenas deveria ter dito a mim que não tinha dinheiro suficiente para gastar com bobagens e que eu entenderia, afinal de contas, havia outras prioridades, muito mais importantes para todos nós e elas custavam dinheiro, um dinheiro que a gente não tinha.

Meu pai como sempre, apenas balançou seus ombros, baixou a cabeça e foi para seu quarto, enquanto eu procurava me esconder, para que eles não soubessem que eu havia ouvido a conversa toda.

Discretamente fui para meu quarto, o qual eu dividia com meu irmão, sentei na cama já esvaziando meus bolsos e a tampinha com a estrela, foi a primeira coisa que eu peguei e naquele momento, eu percebi o grande sacrifício que meu pai havia feito por mim naquela tarde e naquele mesmo dia, eu fiz uma promessa solene, de que algum dia eu iria retribuir de alguma forma tudo que ele fazia por mim, que eu iria dizer ao meu pai que eu sempre soube do sacrifício que ele fez naquele dia e em muitos outros, que haviam surgido muitos claros em minha memória e eu tinha só, sete anos de idade.

Nos próximos vinte anos, de tanto trabalhar sem cansar para nos criar, nos sustentando e educando da melhor maneira que ele podia, seu físico não agüentou o baque e ele teve cinco ataques do coração e acabou por não poder mais trabalhar, tendo que ficar em casa, cuidando da saúde e de seu bem estar.

Hoje, eu sei que meu pai sempre teve muitos sonhos que não pode realizar, porque sua prioridade éramos nós, sua família, mas que eles ainda viviam em seu coração, mesmo sem ter mais esperança, de um dia poder realizar algum.

Eu e meu irmão já estávamos bem empregados, com bons cargos e já ajudávamos nossos pais o melhor que podíamos e um dia papai ligou no escritório onde eu trabalhava, perguntando seu eu não poderia leva-lo à consulta médica, depois ele voltaria sozinho, pois precisava caminhar um pouco, para fazer exercícios.

Peguei o carro no estacionamento do prédio onde trabalhava e em questão de minutos estávamos no consultório médico e eu disse a ele que não iria embora de jeito nenhum, que ficaria lá esperando por ele, até a consulta terminar e assim eu fiz.

Quando ele saiu da sala do medico, não havia cor em seu rosto, ele estava pálido, como se algo tivesse tirado de seu corpo todo o sangue que tinha e com uma voz engasgada na garganta, apenas disse para irmos embora, já caminhando na minha frente em direção à rua e eu atrás dele, perguntando o que tinha acontecido e ele resmungando, que não era nada.

Do outro lado da calçada, estava estacionada uma caminhonete, absolutamente linda, uma dessas maquinas que são Tunadas e de cacos velhos, se tornam tesouros de grande valor, pelo menos para aqueles que sabem apreciar um bom carro e papai sempre foi assim, amava carros, mesmo sem nunca ter tido a chance de possuir um.

Ainda sem falar mais nada, ele atravessou para o outro lado da rua e se aproximou do veículo, deslizando sua mão sobre ele e naquele momento, eu senti como se ele fosse um artista plástico, um gênio da arte, um escultor apreciando sua bela criação, com toda a devoção.

Justiça seja feita, ela era mesmo uma beleza!

Quando eu a admirei de perto também, papai me disse que um dia, ele ainda iria ter uma igual aquela.

Nós dois sorrimos, aquele era seu sonho, mas como sempre, inatingível para ele.

Eu estava indo bem como gerente na empresa em que trabalhava, assim como meu irmão também na dele e nós dois nos oferecemos para comprar a caminhonete de seus sonhos, mas ele recusou, na cabeça dele, se ele não pudesse pagar com seu próprio dinheiro, não seria dele.

Na outra semana, eu o levei novamente ao médico e quando ele saiu da consulta, foi como se tivesse recebido a noticia da morte de alguém, mas na verdade, ele havia recebido a noticia de sua própria morte, em bem pouco tempo.

Eu o apoiei até o carro, pois ele estava cambaleante, fiz com que se sentasse direito no banco do passageiro, entrei no carro e ele começou a me contar que em breve, iria nos deixar e que não havia nenhuma esperança para ele, nem adiantaria tentar nenhum outro tratamento.

Fiquei em estado de choque, enquanto ouvia e ele me dizer com lagrimas nos olhos, que a única alegria que ele iria levar desta vida, era o fato de estar orgulhoso de mim e de meu irmão, pois havíamos nos tornado homens de bem, honestos, tementes a Deus e respeitando o próximo, em todas as situações.

Não consegui falar nada, apenas o abracei muito, beijando seu rosto cansado e marcado pelo tempo, ouvindo ele me pedir para jurar, que nunca iria contar nada a ninguém sobre sua morte tão próxima e iminente, pois ele não queria fazer mamãe sofrer por antecipação e eu compreendi, porque sempre soube, que não havia no mundo inteiro, um homem mais apaixonado por sua mulher, do que meu velho pai.

No caminho de casa, passamos em frente a uma agencia de veículos e lá estava ela, a caminhonete de seus sonhos, estacionada no pátio da concessionária e com um cartaz de “Vende-se” colado nela.

Naqueles dias, eu e minha esposa estávamos pensando em trocar de carro e meu pai sabia disto e então perguntei a ele, se não faria mal a gente entrar na agencia e dar uma olhada nos veículos.

Papai concordou e enquanto eu estava olhando outros carros, vi que ele foi direto para onde estava estacionada a caminhonete e lá ele ficou.

A maneira que ele a admirava, trouxe lágrimas aos meus olhos e relembrei de tudo que ele fez por mim e por meu irmão, pensei em todos os sonhos que ele deixou de realizar por nós dois e veio à minha mente, a imagem daquele dia, lá na garagem do 43, quando eu pedi o dinheiro a ele para comprar os refrigerantes, sem ter noção do que estava pedindo.

Fui até o vendedor e perguntei se poderíamos fazer um test drive na caminhonete e ele disse que não haveria problema algum e quando chamei meu pai dizendo o que íamos fazer, seus olhos se iluminaram, parecia que ele tinha recebido, mais algum tempo de vida.

Saímos da agencia, ele no volante, falando alegre sobre a potencia e beleza do veiculo, pois naqueles momentos, ele havia esquecido de sua doença, da tristeza de saber que iria nos deixar em breve e estava apenas curtindo, um tão sonhado momento, no volante daquela caminhonete.

Rodamos bastante e voltamos para devolve-la na agencia e quando ele desceu dela, passou a mão sobre o capo do motor, abaixou-se e a beijou, como se beija uma criancinha, mal pude conter a emoção que invadiu meu coração.

Disse ao vendedor que iríamos pensar e retornaríamos depois e assim, fomos para casa, onde eu o deixei.

Voltei à agencia, fiz algumas negociações com o vendedor, combinei alguns detalhes com ele e fui para o trabalho, dizendo que voltava no dia seguinte.

Pela manhã passei na casa de meus pais, perguntei ao papai, se poderia me ajudar a dar uma olhada num novo modelo que havia chegado à agencia e se ele achasse que valia a pena, eu o compraria para minha mulher, dando o velho que ela tinha, como parte do pagamento.

Ele, feliz por eu confiar tanto nele, a ponto de opinar na compra de um carro novo para minha mulher, levantou do sofá onde estava deitado e foi se arrumar para sair.

Quanto chegamos à agencia, a caminhonete estava parada no mesmo lugar, linda, perfeita, mas nela já havia um cartaz dizendo...”Vendida”.

Naquele instante, vi em seu rosto a mesma expressão de desapontamento, que ele deve ter sentido muitas e muitas vezes em sua vida, quando não conseguia algo que queria muito porque não conseguia juntar dinheiro o suficiente, nem mesmo o bastante para nos manter direito, quanto mais para comprar algo que ele queria.

Estacionei do lado de fora da agencia e pedi a papai para que ele fosse até o vendedor que nos atendeu antes, para lhe dizer que eu iria deixar meu carro num lava-rapido nas redondezas e logo estaria lá, pois havia marcado para as dez horas e já eram dez e cinco da manhã.

Papai desceu do meu carro e entrou caminhando devagar na agencia e eu estacionei próximo da esquina e voltei a pé.

Parei do outro lado da rua e pude ver através dos enormes vidros da concessionária, quando o vendedor caminhou com meu pai até onde estava parada a caminhonete, fazendo com que ele sentasse no banco do motorista, dando a ele as chaves do veiculo e apontando em minha direção, dizendo a papai que aquele, era um presente de mim para ele e que era para ser um segredo, só entre nós dois.

Papai colocou a cabeça para fora da janela, olhou em minha direção, nossos olhos se encontraram e sorrimos um para o outro, não foram preciso palavras, ele compreendeu e aceitou o presente que eu lhe dei, de todo coração.

Fui pegar meu carro e quando papai chegou dirigindo sua maquina possante, eu já estava na porta de sua casa esperando.

Ele desceu da caminhonete, veio em minha direção, me abraçou como nunca em toda a minha vida e eu disse a ele que o amava muito, mas muito mais do que ele poderia imaginar, lembrando a ele de nosso segredo.

Saímos os dois na caminhonete para dar uma volta pelo bairro e enquanto nós conversávamos animadamente, papai disse que havia compreendido o que fiz por ele, lhe dando o veiculo de presente, mas não entendia, o por que de eu ter trocado a bola da alavanca do cambio, por uma tão diferente da que estava nela.

A bola da alavanca do cambio da caminhonete original era preta, da cor do estofamento, mas a que eu mandei fazer, era de acrílico transparente e dentro dela, mandei colocar uma tampinha de garrafa, mas não uma tampinha qualquer, era aquela premiada, com uma estrela dentro dela, a mesma que eu ganhei e sobrou naquele dia, ha muitos anos atrás, quando papai fez por mim, mais um sacrifício em sua vida.

Tinha chegado a hora e o momento de eu retribuir seu carinho, seu amor e faze-lo feliz, mesmo que por pouco tempo, mas o nosso segredo, sobre a sua verdadeira situação de saúde, não viveria sozinho em meu coração, havia outro que estava guardado lá, desde muito tempo atrás, o mesmo que eu descobri com sete anos de idade, quando ouvi a conversa entre meus pais, sobre o dinheiro gasto na compra dos refrigerantes e este, nem mesmo a papai, eu iria contar...

Ele faleceu seis meses depois e sua passagem foi quando ele estava dormindo, num final de tarde e ele estava com um sorriso nos lábios e uma expressão de paz em seu rosto quando partiu, pouco depois de ter limpado e encerado sua caminhonete, seu único sonho de consumo realizado em sua vida sofrida e quem teve alegria de guardar esta lembrança fui eu, porque nosso segredo e o meu, ficaram aqui para sempre, bem dentro de mim, desde que ele se foi.

Hoje, aos 85 anos, eu, Jorge Eduardo, o filho do "seu" João, não tenho mais a caminhonete que foi de papai, pois eu a passei para meu filho mais velho, que por sua vez, trocou a bola da alavanca de acrilico com a tampinha dentro, pela original, que na opinião dele, combinava mais com a cor dos bancos e eu não discuti, aceitei a vontade dele, além do mais, já não enxergo direito, nem ao menos consigo caminhar sem ajuda, mas de vez em quando, eu fecho os olhos e vejo papai, ele esta num lugar lindo, cheio de paz e ele me diz para eu não me preocupar, pois ele vai estar sempre lá, esperando o dia da minha passagem para o outro lado da vida, de braços abertos, para me abraçar e me beijar e depois, me apresentar orgulhoso aos novos amigos, que ele fez lá no céu.

Nos momentos em que isto acontece, eu ouço sua voz, ele fala com aquela sua maneira gentil de sempre, com seu jeito único, que me transmitiu amor e confiança na vida, desde que eu era um bebê e ele me diz, que além de estar com saudades de me abraçar e me beijar, ele tem um presente para me dar e quando eu pergunto a ele o que é, ele me responde que é uma tampinha de garrafa premiada, com uma estrela dentro dela e que esta colocada numa bola de acrílico, que ele encontrou jogada numa lata de lixo, e eu sei, dentro de meu coração, que ela é a mesma que eu encontrei, enquanto esvaziava meu bolso quando era pequeno, depois de ouvir a conversa entre mamãe e papai, a mesma que me revelou um segredo, que até então eu não imaginava e que guardei em meu peito, pelo resto da minha vida.
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