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Contos-->A REVELAÇÃO -- 23/03/2009 - 23:49 (Jose Araujo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A estória de Beatriz a principio, pode parecer com a estória de muitos educadores e educadoras, que escolheram a profissão por amor à cultura, pela determinação de querer fazer deste Brasil um país melhor, mais justo, onde o ensino pudesse ser considerado uma prioridade na vida dos cidadãos, mas na verdade, a estória dela, em determinado ponto de sua vida, teve uma mudança, que para muitos de nós pode ser algo irreal, inimaginável para nossas mentes fechadas, cheias de preconceitos, de conceitos pré estipulados, que nos cegam, que nos impedem de perceber, que além daquilo que podemos meramente ver com nossos olhos, existe muito mais do que se possa imaginar. Desde pequena, ela já sabia o que queria ser na vida, quando crescesse seria uma professora. Ela era uma aluna aplicada, comportada, prestava atenção em todas as matérias e fazia seu dever de casa com todo carinho. Sua preocupação, era de que sua professora achasse sempre seus trabalhos e lições de casa bem feitos e que lhe desse boas notas. Beatriz estudou muito. Esforçou-se o mais que pode para alcançar seu objetivo, que era o de realizar o seu sonho de ser uma excelente professora, para que pudesse dar aos seus alunos a melhor qualidade de ensino possível, pelo menos, no que dependesse dela. Um dia ela se formou e com a maior alegria começou a lecionar. Ela o fazia com sentimento, com emoção e isto fazia dela, uma professora muito especial. Contudo, o tempo foi passando e Beatriz já lecionava há muitos anos. Já havia dado aulas em várias escolas públicas e conhecia bem as necessidades dos alunos, principalmente na periferia da cidade, onde ela trabalhou a maior parte de sua vida. Mesmo morando longe das escolas para as quais ela foi designada ao longo dos anos, com todo o cansaço de praticamente fazer uma viagem todos os dias, para chegar até seus locais de trabalho, ela era incansável. Nunca demonstrava sinais de estar exausta, fazia tudo que podia para não levar até os alunos, mais problemas do que já havia em suas vidas simples e com pais na maioria das vezes, sem poder aquisitivo o suficiente, para lhes dar o básico, do básico. Mas a vida pessoal de uma professora, não é de forma alguma diferente da vida de outras pessoas. Ela tem problemas pessoais como todo mundo, tem fazes boas e difíceis na vida, é um ser humano como qualquer outro, com sentimentos, emoções, carências e necessidades. Certo dia, Beatriz começou a perceber que já não era a mesma, já não tinha mais a mesma motivação que sempre a impulsionou a ensinar seus alunos o melhor que pudesse. Emocionalmente, psicológicamente e fisicamente, ela estava sentindo-se esgotada. Era tanto, que lecionando numa classe de adolescentes, onde muitos eram rebeldes e não a respeitavam como deviam, ela passou a perder a paciência e a retribuir as grosserias e ofensas que recebia de alguns deles. Ela já tinha se casado ha muitos anos e sua vida familiar estava sendo prejudicada pelo fato de ter que dar aulas em até três escolas diferentes, para que pudesse receber um salário razoável.

O piso salarial de sua categoria era muito baixo, mal dava para pagar as custas de manutenção de seu carro, que a levava de bairro a bairro, para cumprir seus horários nas escolas onde lecionava. Juntando os problemas que ela tinha na escola com os adolescentes, com seus problemas particulares que pareciam se agravar dia a dia, já era comum ela dar um zero como nota a um aluno que não fazia, ou entregava de acordo com o solicitado, os trabalhos que ela designava à classe. Ela nem mesmo se preocupava em saber o porque de um aluno não ter feito total, ou parcialmente seu dever de casa. Apenas dava a nota e ponto final. Muitas vezes, no meio de uma classe de alunos rebeldes na fase da adolescência, é possível que haja alguns que estão no meio dos outros, por não ter opção e estes, com uma professora que não consegue mais enxergar as diferenças entre eles, por estar psicológica e emocionalmente abalada, são prejudicados pelos erros dos outros. Beatriz sempre foi uma pessoa sensível, sempre soube separar as coisas, mas estava num ponto que de vez em quando, ela acreditava que iria enlouquecer. Como se não bastassem os alunos, cada um com seus problemas, havia também os perigos causados pela própria sociedade e que rondam as escolas, não importa se em locais privilegiados, ou na periferia onde a violência tem maior incidência. As drogas sempre foram uma ameaça tanto aos educadores, quanto às famílias dos alunos, mas principalmente aos jovens na idade da adolescência, que nesta fase da vida podem ser influenciados fácilmente, se não houver colaboração tantos dos pais, quanto dos professores ou pessoas responsáveis por eles. Lecionando sempre na periferia da cidade de São Paulo, ela conheceu inúmeros alunos que se envolveram com as drogas. Alguns saíram ilesos, ou quase, tendo sido recuperados e desviados do vício com a ajuda e o apoio de todos que os rodeavam, mas outros, afundaram-se na dependência química e acabaram por chegar ao fundo do poço, de onde nunca mais saíram.

Como professora e mãe que era, ela sempre fez de tudo para ajudar a todos aqueles que tinham se envolvido com as drogas. Fazia o que podia para conscientizar, principalmente os pais de que quando se tem um problema como este em família, a maior arma que se pode usar contra a dependência química, é a compreensão, pois o diálogo com as pessoas nestas situações não pode de forma alguma ser violento, agressivo, caso contrário, só pode piorar a situação. Mas agora, naquela altura de sua vida, nada mais lhe despertava interesse, ela não se incomodava com seus alunos. Se era guerra que queriam, era guerra que eles iriam ter. Beatriz se tornou uma pessoa fria, agressiva, não tinha mais nenhum sinal daquela que ela foi um dia. Tudo que havia em seu peito, era tristeza, decepção e uma vontade imensa de largar tudo aquilo pelo qual ela lutou a vida inteira e desaparecer sem deixar vestígios. Ela queria fugir dos problemas que a afligiam, não queria mais sentir em seu peito o medo, a insegurança, a decepção e revolta por achar que tinha falhado, tanto como ser humano, quanto como profissional. Certo dia, em meio a uma crise existencial, ela resolveu pedir uma semana de licença para descansar e tentar se recuperar. Fez as malas, deixou os filhos com sua irmã, pegou um ônibus na rodoviária do Tiete e foi para um hotel fazenda para relaxar e se recuperar, tanto mentalmente, quanto emocionalmente. Chegando ao hotel, ela foi para seu quarto, tomou um banho relaxante, vestiu roupas mais confortáveis e foi caminhar pelo jardim. Lá haviam muitas plantas e flores, o lugar era um vale verdejante, em meio às montanhas e a paisagem era linda, tanto no amanhecer, quanto no entardecer, era possível apreciar o espetáculo de que o Sol é capaz de nos proprocionar. Dia a dia, ela foi relaxando, parecia que o ar puro, o silencio, apenas ouvindo o canto dos pássaros e os outros sons da natureza, estava operando milagres em seu coração e em sua mente. No quarto dia, ela estava sentada no saguão do hotel lendo um livro sobre Feng Shui, quando sua atenção foi desviada a um velho senhor que estava sentado bem à sua frente.

Ela passou a fixar nele o seu olhar e quanto mais ela olhava para ele, mais ele parecia diferente e então, ela começou a perceber que de alguma forma, ele tinha um brilho inexplicável e concentrando sua atenção mais ainda nele, de repente, ela não podia mais ver o homem, tudo que ela via em seu lugar, era um campo de energia que parecia vibrar. Ele tinha se tornado transparente. Agora ela podia ver além de seu corpo material, ela via a parede que estava exatamente atrás dele. Beatriz ficou sem palavras. Não sabia o que pensar, e então, ela pode perceber, que a parede também tinha o mesmo brilho que ela tinha visto antes naquele homem, com o mesmo movimento de vibração. Não demorou muito, a parede foi ficando transparente e aos poucos, desapareceu diante de seus olhos, se juntando ao brilho inexplicável que emanava de tudo que estava à sua frente. Naquele momento, através de tudo que racionalmente a gente chama de real, ela estava vendo o jardim de inverno que estava do outro lado da parede e mais adiante, aconteceu a mesma coisa com a outra parede que ficava no fundo do jardim interno do hotel e assim sucessivamente, rumo ao infinito. Beatriz ficou absolutamente atônita. Ela estava enxergando através de tudo que estava em sua frente e naquele momento, ela sentiu como se fosse parte de tudo aquilo. Era como se ela estivesse nadando num imenso oceano de luz e nunca sentiu seu corpo tão leve em sua vida. Naquele momento ele parecia não existir. Ela tinha consciência de sua existência, mas não conseguia determinar onde ela mesma começava fisicamente e onde as outras coisas e pessoas terminavam. Inexplicavelmente, para o que chamamos de racional, ela sentiu-se parte de toda aquela energia, daquela luz. Ela compreendeu que nós e tudo que esta à nossa volta, somos uma unidade, uma infinita massa de luz e energia, sem começo, e sem fim.

Que nós todos, assim como tudo que conhecemos como sendo físico, como sendo real, não pode existir, sem a existência de tudo que nos rodeia, num âmbito universal. Não importa o quão diferentes, nós e todas as coisas possamos parecer aos olhos da razão, é assim que somos, uma unidade infinita e que nesta unidade, esta a resposta que humanidade procura a séculos sem encontrar. Nesta infinita força universal formada por tudo e por todos, esta a resposta para o mistério da criação. Passado algum tempo, ela foi aos poucos recuperando o sentido de matéria física e quando voltou a pensar normalmente, sentiu uma profunda paz, uma sensação de poder, de força, de fé e uma emoção imensa tomou conta de seu coração. Ela renasceu naqueles momentos de imersão nos mistérios da vida e isto trouxe de volta a Beatriz que quase havia morrido dentro dela. A experiência foi tão grande e sua conscientização espiritual foi tão intensa, que na véspera de sair do hotel, quando ela passeava pela manhã no jardim, ela se deteve em frente a uma roseira e misteriosamente, fixou seu olhar numa linda rosa vermelha. Ela ficou lá olhando a flor e nela, ela viu o mesmo brilho, o mesmo campo de energia que parecia vibrar e de repente, ela sentiu como se ela mesma estivesse sendo absorvida pela rosa, era como se as duas estivessem ocupando o mesmo lugar no tempo e no espaço. Ela sentiu dentro de si mesma, o perfume daquela flor. Foi mais um momento maravilhoso, de uma emoção indescritível com palavras e em meio a tudo isto, ela perguntou à rosa, qual era o propósito delas neste mundo e qual era o motivo de sua existência. A resposta veio de uma forma emocionante, como se estivesse vindo de dentro dela mesma, mas ela claramente sentiu que era a rosa respondendo, que elas existem neste mundo físico, para lembrar àqueles que se esqueceram, que nós humanos, somos seres maravilhosos, de uma beleza sem igual, tanto por dentro quanto por fora. Que não importam nossas aparências e que elas, estão aqui como instrumentos divinos, para nos lembrar desta beleza e que o perfume delas, de que tanto gostamos, que nos trás um sentimento profundo de paz, faz com que a mensagem delas possa ser ouvida e compreedida, por nosso eu interior.

Os dias de descanso acabaram. Beatriz voltou para casa e sua vida nunca mais foi a mesma. Tudo mudou de uma forma, que contando ninguém acreditava. Seu relacionamento com seu marido, com seus filhos, com toda a sua família e seus parentes, tornou-se maravilhoso. Todos aqueles que a rodeavam passaram a receber através de seus abraços, seus beijos e palavras de carinho, amor, compreensão e principalmente de aceitação, os benefícios de sua conscientização de fazer parte de uma energia universal. Nas escolas, ela se tornou mais perceptiva, sabia como enxergar o verdadeiro brilho interior de cada aluno, sabia que uma vez que todos somos um só, não há diferenças, que somos todos iguais. Certa feita, ela que antes de sua viagem interior só dava broncas, respondia à altura aos desaforos e ofensas dos jovens, se deteve diante de uma situação difícil, com um de seus alunos. Ela havia dado como trabalho individual, a criação de um texto, que poderia ser sobre qualquer objeto que cada um deles escolhesse. Os alunos teriam uma semana para escrever no mínimo quatro folhas sobre o objeto escolhido. Treis dias depois, um deles a encontrou no corredor e pediu para ser liberado de fazer seu trabalho. Beatriz que agora já conhecia muito mais sobre seus alunos, do que nunca conheceu em toda a sua carreira, sabia que Breno era um rapaz esforçado, pobre, mas de boa família e além do mais, nunca deixou de entregar um trabalho sequer. Ela achou aquilo muito estranho e com espírito iluminado, com muito tato, fez com que o rapaz lhe dissesse o motivo pelo qual ele não queria ser obrigado a fazer o trabalho. O jovem disse a ela que quando chegou em casa, comentou alegre com sua mãe sobre o texto que deveria criar e pediu ajuda, para que ela sugerisse um objeto para ser o tema de sua lição. Foi então que ela o levou até seu quarto e chegando lá, abriu uma gaveta e tirou do fundo dela uma caixa e dela, um relógio de bolso que havia sido de seu pai, dizendo que aquele seria o objeto ideal para lhe servir como inspiração e neste momento, ele não pôde compreender o porque ela guardava um relógio que havia sido de seu pai, se já não mais viviam juntos ha tanto tempo.

Ele disse com lágrimas nos olhos, que quando sua mãe colocou o relógio na palma de sua mão, ele não pensou duas vezes, atirou o relógio na parede do quarto, fazendo com o impacto, um buraco na pintura. Disse ainda que ele o havia jogando com tanta força e tão alto, que ele caiu atrás do imenso guarda roupas de sua mãe, mas ela nem sequer gritou com ele, nem ao menos ficou nervosa. Apenas o olhou do mesmo jeito de sempre, com carinho e com amor. Breno disse que saiu correndo do quarto, sem dizer mais nada. Bateu a porta atrás de si e foi chorar em seu quarto, com a porta trancada. Beatriz ouviu tudo o que o rapaz tinha a dizer, dando a ele toda a atenção que ele merecia, pois visivelmente ele estava passando por maus momentos no âmbito emocional. Quando ele acabou de falar, ela disse que ele não precisava escrever sobre aquele relógio se ele não quisesse, mas de qualquer forma, o liberou de sua obrigação. Quando ela chegou em casa, ligou para a mãe de Breno e contou a ela o que havia ocorrido e do outro lado da linha, chorando, a mãe do adolescente agradeceu por ela ter ligado contando tudo e que ela não sabia que seu filho guardava tanto rancor por ela ter se separado de seu marido. Disse ainda que iria conversar com Breno, com muito tato, de uma forma que ele não se sentisse sendo repreendido pelo que fez com o relógio, muito menos que aumentasse nele, o rancor pela separação de seus pais. Beatriz não disse, mas pensou consigo mesma que aquela era uma mãe sábia, pois este era o melhor caminho para se chegar à melhor solução. Na próxima aula, o rapaz entrou na classe de cabeça erguida, com um sorriso simples e sincero em seus lábios e disse a ela que estava meio cansado naquele dia, porque havia arrastado um móvel muito pesado em sua casa. Ela não precisou adivinhar o que aconteceu. Sorriu de volta e pediu para que todos se sentassem, a aula começou, e agora, suas aulas eram sempre calmas, todos lhe davam toda a atenção. Tudo que ela trazia para discutir com seus alunos, era como se fossem presentes dados por ela, não obrigações para serem cumpridas. Suas aulas eram produtivas, prazerosas, tanto para ela, quanto para os alunos. A aula terminou, todos entregaram suas lições de casa, ainda não era o dia da entrega do trabalho de composição do texto sobre o objeto escolhido por cada um, mas Breno aproximou-se da mesa de Beatriz, deu a ela uma folha de papel dobrada e pediu para que lesse depois, quando ele já tivesse ido embora.

Ela sorriu para o rapaz, levantou-se de sua cadeira, passou a mão no cabelo do rapaz num gesto de carinho, ele sorriu, virou-se, caminhou confiante e se foi, sem olhar para trás. Ela não pôde esperar chegar em casa e curiosa para saber o que ele havia escrito, Beatriz desdobrou a folha e nela haviam umas poucas palavras, mas estas palavras, diziam tudo o que aconteceu depois da conversa que ele teve com sua mãe:

Composição de texto

Título: Objetos.

Objetos são apenas objetos.

Eles não têem o poder de machucar, ou curar a ninguém.

Somente as pessoas podem fazer isto e todos nós, temos garantido o direito de escolher ser machucados, ou curados, por aqueles que nos amam de verdade.

Aluno: Breno Teixeira

Professora: Beatriz

Breno esqueceu de colocar a classe, a série, mas não tinha importância. Ela estava feliz com o resultado positivo de tudo que aconteceu com o rapaz, porque ele, com sua sensibilidade e percepção aguçada do mundo e da vida, logo encontraria como ela encontrou, uma rosa, que iria dizer a ele, da mesma forma que ela ouviu daquela flor, qual é o propósito delas, e o porque de sua existência neste mundo.

E assim, pensando no que aconteceu a ela ao fixar seus olhos naquele velho homem ha muito tempo atrás, Beatriz juntou todos os trabalhos, contemplou a classe vazia e do fundo de seu coração, ela desejou que as horas passassem depressa e que o amanhã logo chegasse, para mais uma vez, receber aquele “Oi professora!” de cada um de seus alunos, porque apesar dela ser a mestra deles na sala de aula, ela aprendia com eles a cada dia e se sentia parte de todos eles, parte de sua energia, de seu brilho, de sua luz, exatamente como Deus nos fez.

Ela saiu da sala, seguiu pelo corredor até a sala dos professores e pelo caminho, encontrou muitos ex-alunos e no rosto de cada um deles, ela pode ver o futuro de nossa nação, o futuro deste mundo, da humanidade, no seu mais amplo sentido. Era como se emanasse de todos eles, aquele mesmo brilho que ela viu pela primeira vez envolvendo aquele velho sentado em sua frente no saguão daquele hotel, quando ela recebeu a maior e mais importante revelação, de toda a sua vida.

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