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Cronicas-->O COMBATE DAS ALMAS -- 06/01/2000 - 21:57 (Pseudo-Nelson Rodrigues) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Confesso que escrevo ainda sob o impacto daquela dramática contenda. Foram oitenta mil e onze almas contra apenas dez. Oitenta mil almas mineiras encarnadas com ferocidade sobrenatural em onze jogadores. Enquanto seus adversários foram só dez almas pálidas em onze corpos perdidos. Mas de que dez almas falo se não houve expulsões?

Me explico. É que o Marcelinho apareceu apenas com o corpo. Sua alma não pegou o ónibus que trouxe a delegação corinthiana ao Meneirão. E sem alma, como ensinou o grande filósofo, "não se chupa nem um Chicabon", e nem se disputa uma final de Campeonato Brasileiro.

Mas se pudéssemos ver com nossos olhos de mortais o que acontece no plano dos espíritos veríamos mais de oitenta mil almas alvi-negras, listradas, correndo contra apenas dez almas brancas, perdidas, impotentes diante da multidão. Isso explicaria tudo; veríamos uma alma roubando uma bola no meio campo, outra puxando o calção do lateral direito, uma ali debaixo da trave tirando uma bola com endereço certo.

Eu ainda me ajeitava à poltrona. Estava atordoado pela expectativa da espera angustiante. Nem estava atento à tela da TV quando olhei o placar e lá estava 1 X 0. Era como se tivéssemos dado o pontapé inicial já com a desvantagem de um gol. Ainda estava lerdo quando isso aconteceu. Eu e toda zaga corinthiana.

Não interessa se noventa por cento da zaga era reserva. Na Guerra, o preço do despreparo e da falta de atenção é a humilhação e/ou a morte. Felizmente não foi o caso. E temos mais um jogo para reverter a vantagem.

Mas, amigos, dez almas corinthianas não são dez almas mortais; não são quaisquer almas. As almas corinthianas têm a morte nos olhos, mesmo quando acuadas. Elas são como as almas ferinas daquela meia dúzia de espanhóis que sob o comando de Pizarro conquistaram milhões de Incas no Peru. E, de forma não pouco semelhante. nós conseguimos encurralar aquelas milhares de almas listradas de que já falei.

Mesmo após aquela fatalidade que vitimou o senhor e dono de todo qualquer meio-campo existente no Brasil - o Capitão Rincón -, e que resultou num gol bobo, num gol desonesto (pois não ouve disputa), ainda fomos capazes de cravar dois gols dignos, incontestáveis no peito dos atleticanos. Touché!

Amigos, a vantagem do Galo é mínima. Mesmo um placar franciscano a nosso favor nos devolve a vantagem - como se precisássemos dela! Esperança amigos!

Salve o Corinthinas!
Pseudo-Nélson Rodrigues
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