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Poesias-->Nós (bastidores) -- 12/06/2010 - 01:08 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) |
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Nós
(bastidores)
(to somebody; so special person...)
Sabe o que fiz?
Invadi a mim mesma com você ao lado,
te levei para os lugares mais escondidos que tenho
e revelei a você
como sou
quando pulo do precipício
para sentir o vôo.
É muita astúcia,
inconveniência.
Desastre.
Agora consigo dizer
e pelo menos
ainda posso dizer :"El".
Que bom.
“bom” é palavra pobre. De espírito.
É abismo
que é muito mais
do que um “bom”.
Era abismo ilusionista, agora é
avesso
do avesso e então
não mais abismo, mas conservando
aquele lado do abismo que
jogando-me
socorreu-me.
Da falta de ar.
Então agora é assim, por hoje (por agora, por sei lá quanto)
É que posso dizer e posso desamarrar
o que nem está mais,
e posso olhar pro que você dizer, pensar, escrever
(posso tudo isso??)sei não, mas
é um “posso” no sentido de que eu mesma me deixe
olhar para o que você é
sem mim,
sem reflexo,
sem te querer
porque
agora eu posso.
Posso dizer teu nome
sem
lado
de
dentro...
Pelo menos...
por enquanto!
Eu e minha maldita honestidade
de fêmea
dinossaurica...
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