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Poesias-->Se (metrô) -- 16/06/2010 - 20:38 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) |
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Se (metrô)
Sei sobreviver às conseqüências formais
e atiro rascunhos de mim
quando é preciso flutuar:
entre multidões de olhos e falas
falantes que engancham dizeres
como quem gosta de qualquer coisa
pessoas, gente, viventes
em centenas de rostos e peles...
Então subo ao metrô
e deixo que leve
portanto
o veloz não assusta
mas se ele parar, eu congelo.
Será que vem outro
de frente?
Os medos
fantasmagóricos
de criança.
Será?
A criança sobrevive em mim
com seus pavores...
Assim como se
entro na vida
e subo na paixão que me cativa
(teus olhos, teu olhar
os teus poderes)
veloz quase comigo eu te sigo
porém
se parar...
te congelo.
Eu nunca sei decifrar
se uma paixão
sobrevive em mim
com seus poderes.
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