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Artigos-->Escrever para sobreviver -- 21/12/2002 - 19:53 (Marcelo Alessandro Ferreira Dias da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Fico horrorizado com certas declarações que por vezes leio por aqui. Frases do tipo “Fulano nunca deveria escrever” ou “não leio nada que presta nesta porcaria” ou ainda “nada de novo ainda”.

É um absurdo que alguém que se diz escritor se preste a um papel ridículo de falso “crítico”. O papel do crítico não é causar lágrimas no escritor nem o suicídio do mesmo, é direcionar, fomentar, criar uma reflexão que leve o escritor à análise e, conseqüentemente a uma melhora na qualidade da produção literária.

Esses espíritos de porco servem apenas para destruir sonhos e são os mesmos que mais tarde estarão fazendo “clubinhos” onde a escolha de novos sócios se dará por jogadas escusas visando o isolamento daqueles que não se adequam aos padrões elevadíssimos de “genialidade” dos seus sócios.

O escrito, não importa se inspirado por Deus, Diabo ou sei-lá-quê, desde que sincero é digno de consideração.

Quando se escreve se desobedece a si mesmo. Nenhum humano normal adora ser acordado de madrugada com uma coceira nos dedos que só passa quando pegamos um papel e rabiscamos alguma idéia. Isso feito, esse bicho estranho acalma e conseguimos dormir (ou quase) por mais um pouco até que esse faminto ser nos acorda novamente.

Escrever é um dom e um fardo.

Posso até estar advogando em causa própria, mas considero até os piores textos significantes. A pessoa que o escreveu sofreu uma inquietação que só passou após o escrito completo.

Isto é arte. Uma exteriorização de uma inquietação interna, consciente ou não, é a verdadeira arte e não o que uma parcela descerebrada da população diz que é. Não é preciso uma legião de fãs ou seguidores para ser considerado artista mesmo porque, por séculos temos destruído vidas de artistas quando em vida e transformado-os em maiores gênios da história após suas mortes.

Todos temos o direito e o dever de escrever, para nossa própria perpetuação. O importante é ter consciência das próprias limitações e buscar o auto-desenvolvimento e crescimento constantes, de outra maneira seremos nós mesmos membros do já mencionado clubinho dos decrépitos-matadores-de-sonhos-formadores-de-lobby.

Escrevam, criem, fomentem, alimentem pensamentos, cresçam e vivam intensamente, pois a vida é o verdadeiro alimento da mente do escritor.

Escrevam para não morrerem.

Morram, mas seja eternizem seu pensamento pela escrita.



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