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Poesias-->Susto -- 13/07/2010 - 18:37 (WALTER MEDEIROS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
SUSTO



--- Walter Medeiros



Manhã surgindo tranqüila,

Na rua dos cabarés

Passa o jovem pro batente;

E eis que tão de repente

Uma puta aperreada

Chama para darem uma.



Estranhando tudo aquilo,

Sem perder a sua fé,

Ele pára em sua frente,

Mas fica impaciente,

- ela tinha arrebatado

uma jóia, uma fortuna.



Corre ao quarto feito esquilo,

Em sua frente ele em pé,

Ante ato tão diferente,

Ao gesto tão insistente,

A chave havia quebrado,

Nervoso nem se arruma.



Revoltada e sem brilho,

Aquela infeliz mulher

Não estava sorridente

Armada até os dentes,

Com uma navalha afiada

Diz “você se desarruma!”.



Mantendo a calma de filho

Do homem de Nazaré,

O jovem em sua mente

Percebe o que ela sente

E com a voz tremulada

Vê na vida sua fortuna.



Mantendo o seu estilo,

Pergunta o que ela quer,

E ela, humildemente,

Transforma-se num momento,

E se diz esfomeada,

Pois não tem comida alguma.



Seu olhar recobra o brilho,

Dá o dinheiro do café,

Pois na noite os clientes

Daquele antro rabujento

A ela não deram nada,

E ela era só mais uma.
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