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Poesias-->Risco -- 28/07/2010 - 01:10 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) |
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RISCO
Piso nas areias incertas
de praia inventada
porque o coração não agüenta
quase beijar o sol.
Ele espreguiça-se e abre
deixa
boceja:
uma ressaca de sonhos
beijos em leque
e as sombras
meio desfeitas e tolas
ficam e vão.
Levo uma bomba no peito
porém
não deve assustar:
suas razões são mudas
guardam-se
aguardam
amar.
Surgem coisas e farpas
disfarço-as
dou-me conta e dissimulo:
guardar a bomba
é perigo
mas...
o que dizer
de deixá-la respirar?
Tenho um peito acorrentado
a uma bomba vital
e o que assusta é o desejo
que a cutuca.
Se por acaso
você arriscar;
chegue perto, até desarme
é permitido
detonar.
Duvidar só se disposto
a tentar
o peito inteiro
a bomba toda
Pode sair
pode voltar
e juntar fios com fios
e até mesmo
pode cortar...
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