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Contos-->OS ALIENIGENAS -- 30/03/2009 - 21:43 (Jose Araujo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Quando ele acordou, tempos depois, já havia viajado mais rápido do que a velocidade da luz, foi trazido de seu planeta para aquele lugar estranho para cumprir sua missão, para proteger e defender a vida e os interesses de toda a sua raça. Ele precisava ajudar seus semelhantes na medonha guerra de mundos. Uma batalha interestelar que estava sendo travada desde muito tempo atrás, e do resultado final desta batalha, dependia a subsistência de sua espécie, de sua raça na vastidão do universo.

Já em solo firme lá estava ele, molhado, totalmente enlameado, sujo, com fome, com frio, e assustado. Isto tudo estava se pasando com ele a oitocentos mil anos luz distante de seu planeta, de seu lar.

O sol estranho no céu daquele planeta era diferente do sol que iluminava seu mundo. Ele era de uma estranha cor azul. A gravidade naquele lugar era muito, mas muito maior do que aquela com a qual ele estava acostumado. Assim sendo, cada movimento era extremamente dificultoso, ele sentia dores horriveis e era quase um martírio para ele.

Na guerra, nada havia mudado por centenas de milhares de anos. Lutas e mais lutas eram travadas. Mortes e mais mortes se seguiram ao longo dos tempos. Ele já nem mais sabia precisar quantas vidas de seu povo foram ceifadas sem dó nem perdão pelos inimigos.

Ao contrário dele, mover-se era muito fácil para aqueles que pilotavam as espaçonaves de seu povo. Elas tinham linhas aerodinâmicas, eram capazes de se movimentar em qualquer direção e em velocidades alucinantes, sem causar nenhum desconforto para seus ocupantes. Além do mais,eram equipadas com poderosíssimas armas de última geração, capazes de aniquilar o inimigo que se atrevesse a enfrenta-los em espaço aberto.

Mas contudo, quando as coisas se tornavam mais difíceis, eram ainda os soldados em terra, a infantaria, que tinha que sofrer as conseqüências de estarem fora de seu verdadeiro habitat e lutar batalhas sangrentas. Elas se seguiam, uma após a outra ele e seus colegas tinham que defender as posições conquistadas com tantos sacrifícios e mortes ao longo dos tempos.

E havia sido exatamente por isto que ele tinha sido enviado para este maldito planeta, de uma de uma galáxia do outro lado do universo. Um lugar iluminado por uma estranha estrela e tão distante de seu lar...

Ele nunca tinha ouvido falar sobre ele antes, mas agora, o planeta onde ele se encontrava havia se tornado importante e estava em evidência, porque os alienígenas estavam lá também.

Além de seu povo, os alienígenas eram a única outra raça inteligente em toda a galáxia, porém eram cruéis e repulsivos monstros. Só de pensar neles, ele sentia arrepios.

Depois da lenta e difícil conquista e colonização de mais de vinte mil planetas, seu povo havia feito contato com eles em algum lugar próximo ao centro da galáxia. Não houve dialogo. Os alienígenas atacaram primeiro. Eles atiraram e mataram, sem mesmo tentar se comunicar, sem tentar negociar ou estabelecer a paz.

Agora uma guerra pavorosa e acirrada estava sendo travada. Isto era comum em sua vida. Seu povo ia de planeta em planeta em missões de guerra. Eles tinham que lutar para que pudessem se defender dos ataques dos alienígenas. Era primordial garantir as áreas que haviam conquistado às custas de muitas vidas ceifadas pela maldade e crueldade de seus inimigos.

Enfim, lá estava ele. Com medo, com frio, com fome, com sede e com os nervos abalados pela pressão que estava sofrendo naquele ambiente hostil. Aquele era um dia úmido e frio além de um vento forte que machucava seus olhos, impedindo mesmo que ele visse com clareza toda a área que estava ao seu cargo proteger. Os alienígenas estavam a todo momento, tentando infiltrar-se e tomar os postos de vigia que haviam sido montados em pontos vitais e estratégicos.

Mesmo com toda a adversidade de clima, de pressão atmosférica e de terreno, ele se mantinha a postos. Arma em punho. Pronta para atirar em caso de um ataque repentino.

Oitocentos mil anos luz longe de casa. Lutando em um estranho planeta e imaginando a todo instante, se iria viver para voltar e ver seu planeta novamente. Para voltar para sua casa, para seu lar, para o aconchego e calor de sua família...

E foi então que de repente ele percebeu que um dos alienígenas estava se aproximando sorrateiramente. Ele se rastejava em sua direção. Lentamente ele foi se aproximando, até que ao chegar muito perto dele, levantou-se bruscamente para ataca-lo sem piedade...

Apesar da dificuldade dos movimentos por causa da alta pressão atmosférica, seus reflexos responderam a tempo e unicamente para salvar sua própria vida, ele apontou sua arma e atirou no monstro...

O alienígena emitiu um estranho e horripilante som. Som este que era o mesmo que todos eles sempre faziam quando eram feridos, e então, ele caiu de costas e lá permaneceu, deitado, imóvel e do buraco feito em seu corpo pelo tiro que ele deu, escorria um liquido vermelho, sem parar...

Apavorado, ele estremeceu de medo ao ouvir o som do grito do alienígena, e mais ainda, ao ver a imagem dele caído aos seus pés, deitado, bem em sua frente.

Soldados eram sempre treinados estar sempre acostumados a situações como esta, mas no caso dele, nunca esteve preparado totalmente para isto. Ele, do fundo de seu coração, acreditava que jamais estaria.

Os alienígenas eram as mais repulsivas e asquerosas criaturas, tão horríveis e nojentas que seu estomago embrulhava, causando náuseas e uma vontade incontrolável vomitar e de sair correndo para bem longe.Para algum lugar onde não pudesse ver nem ouvir nenhum sinal daqueles seres medonhos. Seres que não tinham caudas, que possuíam pelos no alto de suas cabeças. Coisas que tinham apenas dois olhos, dois braços, duas pernas e com aquelas horriveis e nogentas peles brancas, pretas, vermelhas ou amarelas, absolutamente lisas, e pior, algo que ele nunca pode imaginar. Não tinham em seus corpos, uma escama sequer...
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