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cronicas-->Crónica de Lisboa (de Marco-Aurélio de Alcàntara) -- 03/01/2006 - 19:23 (Geraldo Lyra) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Lisboa, entre 4 e 13 graus centígrados. Vento frio do Norte soprando sobre o Tejo, rio que é duplamente ibérico (nasce na Espanha) e sobre o qual derramou suas lágrimas dona Izabel de Freyre, amante de Gracilaso de La Vega. Outro Ortega, Lope de Vega, é o autor de El Brasil Restituído cujo contraponto aventurei-me a lançar, editorialmente, com António Costa Martins, pelo Gabinete Português de Leitura de Pernambuco: o Brasil Restaurado.
A mídia tomada inteiramente pelas sondagens eleitorais e debates entre os candidatos. Será muito difícil Cavaco Silva não ganhar em 22 de janeiro: dão-lhe as pesquisas 55% das intenções de voto. E Mário Soares fica com modestos 23%. O poeta Manuel Alegre com pouco mais de 10%. A esquerda, dividida. É o mal das esquerdas em todo mundo. Todos os três principais candidatos são velhotes: Mário Soares, com 81 anos; Manuel Alegre quase nos jubilosos 70; e Cavaco, nos 61.
Nos restaurantes, é a época de perus e leitões. Leitão de Negrais. Leitão da Bairrada. Vinho tinteiro,maduro. No Areeiro, à saída tardia de um restaurante, assisto a uma cena típica do Recife: quatro negros atacam um senhor vestido de terno e gravata e roubam-lhe a carteira e outros pertences. A vítima, também de orígem africana.
Mário Soares, na TV, fala que a sua próstata está bem, o PSA dentro dos níveis aceitáveis, e aponta para o sítio, apalpando com as duas mãos.Uma cena cómica. Um ex-combatente em África ameaça bater em Mário Soares, em Barcelos. Avança com a boina. Grita que o socialista entregou a África aos negros "sem negociar com eles". De mão beijada. (Um ex-fascista ou ex-membro da Pide?").
A questão da imigração ocupa o debate político. Os portugueses receiam que uma "onda migratória", como uma -tsumani-, cubra Portugal. Nacionalidade portuguesa, hoje, só talvez para os filhos de imigrantes que estejam no país mais de 20 anos.
O bolinho (pastel) debacalhau custa, em restaurante e pastelaria do tipo médio, menos de 80centavos de real. No Recife, chega a quase 2 reais ou 2,20 reais. Preçosdo Restaurante Gambrinus, um dos mais caros de Lisboa.
Causando impacto o livro do inglês Patrick Wilcken, que viveu no Rio de Janeiro e em Lisboa, sobre D. João VI: Império à Deriva - a Corte Portuguesa no Rio de Janeiro de 1808 -1821 (Civilização Editora).Durante sua estada no Rio, D. João criou 28 novos marqueses, 8 condes, 16 viscondes, 21 barões e mais de 4 mil cavaleiros. Era boato na corte, a sua excessiva afeição por um camareiro, um dos irmãos Lobato, a quem o soberano outorgou o título de "Visconde de Vila Nova da Rainha".
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